Como dizia o eterno Nelson Rodrigues, ai do clube que não cultiva santas nostalgias. Ainda garoto, em 1980, no primeiro título que acompanhei da arquibancada em praticamente todos os jogos, lembro-me de uma faixa pendurada pela torcida tricolor no Maracanã. Nela se lia: “Gilberto e Adão, a dupla sensação”.
Poucos anos depois, o mítico Casal 20 formado por Washington e Assis protagonizou feitos que jamais sairão de nossa memória. Títulos, gols e uma simbiose perfeita. Após duas décadas, Leandro e Tuta – guardadas as devidas proporções – nos deram alegrias também.
Essas recordações (e todas elas remetem a conquistas) retratam que ter uma dupla de sucesso no setor ofensivo é tradição no Fluminense. E agora, com alegria, vejo essa magia renascer com a parceria composta por Jhon Arias e Germán Cano.
No quesito título, eles também já gravaram seu nome na história do clube. Afinal, tiveram participação marcante na conquista do Campeonato Carioca deste ano. Agora, os gringos ensaiam voos mais altos. E quem pode duvidar que alçarão?
É contagiante observar o prazer que sentem em jogar juntos. O entrosamento, a alegria. Uma parceria fortalecida pelo idioma e unida pelo talento. Já decidiram clássicos, em especial Fla-Flus – com gols, respectivamente, ao apagar das luzes e em final de campeonato.
E o mais bacana do momento atual do time é que eles não estão sós. Ao lado do criativo colombiano e do letal argentino, há vários outros talentos a lutar pelos anseios da torcida. Comandados por um estrategista de vanguarda.
O Fluminense briga pelo Brasileirão e pela Copa do Brasil também. A torcida tricolor está confiante, assistir aos jogos tem sido um prazer; os estádios pulsam a cada partida. O orgulho transborda de nosso peito. E ele, assim como a parceria de sucesso, também é uma tradição tricolor.