É difícil manter a cabeça no lugar após mais uma vez sermos prejudicados pela equipe que aplica as regras do jogo em campo. Inversões, faltas sendo permitidas ao adversário, jogador saindo lesionado, interferência direta no placar e temos de ouvir do ‘comentarista’ que o soprador de apito é o melhor na competição. O conceito de bom, pelo visto, é outra coisa mesmo.
Em vez de termos ligas profissionais, onde os participantes entendem que o produto deles é a competição e, sobre ela, não podem ocorrer dúvidas quanto à sua lisura e igualdade de condições, se é impossível ao menos deveria ser sempre uma meta.
Aqui, temos esse contexto politico de federações, CBF, clubes, dirigentes ‘amadores’, dirigentes políticos e essa corrida maluca ‘hanna barbera style’, onde vale tudo para vencer e ninguém se preocupa com o produto real, que é a competição.
Num contexto desses, quem tem mais poder em geral dificilmente perde e, se o pobre Fluminense, que já foi bom nisso e infelizmente se perdeu nesse jogo há no mínimo oito anos, tem sua vitoria no caminho de um jogo seguro para o poderoso de turno na última rodada, vai ser atropelado sim e a torcida remunerada, chamada de imprensa profissional, vai ignorar.
No fundo, apesar de irritar, temos de agradecer ao ex-árbitro por chamar o cirurgião da Vila de melhor do campeonato. Talvez seja revelador de que o que importa para eles não é um bom campeonato. Que não reclamem das novas gerações torcendo para times europeus ou acompanhando esportes americanos. A tendência é isso se ampliar e a decadência do futebol ser irreversível.
Mudanças já. ST.