Antologia tricolor (por Paulo Rocha)

O golaço de Gustavo Scarpa contra o Globo-RN, marcado com um lindo chute desferido antes da linha divisória do gramado, merece entrar para a antologia dos mais belos gols do Fluminense. Vou citar alguns dos quais me recordo bem; desta lista, nem todos foram decisivos, mas a beleza não leva em conta a importância, privilegia apenas a plástica.

A “caneta elástica” de Rivellino no vascaíno Alcir Portela que resultou em Andrada para um lado, bola para o outro; contra o mesmo Vasco, os seguidos facões de Washington, do Casal 20, sobre o zagueiro Morone, finalizados com um chute certeiro, sem chance para Acácio.
A jogada sensacional do tão criticado lateral Paulo César no Fla-Flu do Torneio Rio-São Paulo, cujo desfecho foi uma bomba indefensável; as bicicletas de Marcão, contra o Botafogo, de Romário, contra o Guarani, e de Fred, contra o Coritiba.

Ah, já ia me esquecendo da fila formada por defensores do Cruzeiro que Lenny deixou para trás antes de fazer uma obra de arte no Mineirão. Belíssimo gol, digno de um craque que tinha tudo para vingar, mas não vingou.

Pois é amigos, o golaço de Scarpa na distante Ceará-Mirim junta-se a estes citados (e a outros que certamente esqueci ), na antologia dos golaços do Fluminense. Meu filho, de apenas oito anos, vendo pela televisão, me indagou: “Nossa pai, que golaço, será que veremos mais gols assim?” Ao que respondi: “Sim filho, veremos sim”.

Espero, de coração, que possamos vê-los juntos. Valeu Scarpa, até o próximo.

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A única ressalva que faço ao trabalho de Abel Braga diz respeito ao cobrador de pênaltis da equipe. Recordo que, quando defendia o Palmeiras, o Henrique Dourado cobrava sempre bem. No cantinho, geralmente deslocando o goleiro. Agora, pelo segundo jogo consecutivo, o impediram de cobrar, talvez pelo fato de, mais uma vez, ele já ter feito dois gols no jogo. Abelão, tá na hora de você definir quem é o batedor. Estamos perdendo pênaltis demais.

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Vou lhes ser sincero: em que pese o fato de termos sido campeões no ano passado, essa tal Primeira Liga só serve para exaurir ainda mais nosso elenco. Faço coro com as palavras de Abel: o treinador deu a entender que, caso tenhamos que “abrir mão” de alguma competição, que seja ela. Já temos esse troféu em nossa galeria e o torneio deste ano está descaracterizado. A única utilidade prática, em minha opinião, é testar o time contra algumas equipes mais fortes do que as de menor investimento que disputam o Campeonato Carioca.

Panorama Tricolor

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