O maravilhoso mundo de Paulo Angioni (por Leonardo Maia)

Imaginem a cena: Fred afinal marca o seu primeiro gol no retorno ao Flu. Beija o escudo e em seguida, ante o silêncio no maior do mundo, sai correndo. Alguém o aguarda. Na arquibancada vazia. De braços abertos. Punhos cerrados, vibrando. E de camisa preta, claro.

O abraço emocionado (ensaiado?) virará a chamada de entrada da FluTV durante todo o Brasileiro. Talvez com uma legenda beirando a auto-ajuda: “Juntos somos mais. E mais fortes. Venceremos!” (Desculpem, não sou especialista em coaching nem marketing político …).
Mário aguarda ansiosamente esse abraço.

Wellington Paulista que nada, outro patamar…

Aliás, será por isso a insistência em jogar no Maracanã o Brasileiro, tomando um prejuízo fenomenal? Para garantir um cenário majestoso para essa cena histórica?

Conferiremos a partir do domingo que vem.

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De resto, os demais torcedores do Flu, os sem-abraço e sem-Flufest, têm outras preocupações.

E como têm.

O Fluminense segue o de sempre desses últimos tempos.

O elogio possível que se ouve é o mesmo que ouvimos em algum momento do ano passado, do ano retrasado: estamos fazendo jogo duro com todo mundo. Sim. Com o Flamengo em um final de semana, contra o Bota no seguinte. Duro inclusive de se assistir.

Sorte do Mário, e de alguns “jogadores”, que as partidas em estádio sabe-se lá quando voltam. Até lá, é improvisar algum isolamento acústico em casa, para poder berrar à vontade. Valerá cada centavo a obra.

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Até agora, o que de melhor se pôde extrair do “elenco” montado foram três retrancas “sólidas” nos jogos contra os molambos, com duas derrotas e um empate de saldo.

Os dois jogos contra o Bota foram dos melhores soníferos nesses tempos em que muitos têm perdido o sono. Eu sou um. Valeu, Flu!

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Saímos de um estadual sem sentido, e de dois amistosos insossos sem ter sequer ideia das alternativas de que dispomos no elenco. Calegari jogou, até bem, o primeiro jogo.

Mas apenas para dar lugar a Gilberto – sem qualquer inspiração, sem nenhuma vontade -, no seguinte.

Egídio ainda é titular provavelmente por alguma cláusula contratual.

Dos Sub20, assim como dos “reforços”, a verdade é que ainda não dá pra dizer rigorosamente nada, sobre nenhum deles. Entra um, sai outro… Muda alguma coisa?

Araújo merece ser titular? Yago? Em qual posição? Ou Miguel? Qual o desenho desse nosso meio-campo? Qual foi, aliás, o último gol marcado por um dos meias titulares? Se mal chutam a gol…

Merecíamos um elenco melhor, sem dúvida.
No final, será mais um ano em que vamos ser obrigados a discutir mais política do que futebol, pela falta de um time em campo.

Quanto ganham, juntos, Ganso, Egídio, Fred, Nenê, Hudson e Digão? Dois milhões/mês?

Quem achar que essa juntada aí é o melhor que se poderia fazer, futebolisticamente, com toda essa montanha de dinheiro, que deixe para atirar suas pedras lá pela metade do segundo turno. Sem nenhum fato novo, irá precisar delas.

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Essa semana, soubemos que três jogadores foram afastados. Felippe Cardoso, Matheus Alessandro e Pablo Dyego.

Sobre o primeiro, o Andel disse tudo dia desses: o cara chegou em janeiro, entrou na final, só para ser dispensado três dias depois. Quem explica?

Quem conseguir, talvez consiga explicar também o “caso Pablo Dyego” (para começar, será mesmo verdade que o salário do camarada é de 150 mil?).

Um repórter do Globo tentou a sorte, na coletiva com Angioni, essa semana.
E Angioni, vejam vocês, não gostou quando perguntado a respeito.

Bom, Angioni, eu e muita gente gostamos menos ainda da série de lambanças que você apronta nesse departamento de futebol.

Pululam os memes nas redes sociais com os diversos ‘times’ contratados por você, na maioria absoluta dos casos feitos de jogadores dos quais não temos qualquer memória…

Te manca, cara.

Até quando teremos de aturá-lo? Ou Simone?

Tenham pena do Tricolor!

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Se tivéssemos montado corretamente o elenco no início do ano, com um máximo de vinte e cinco nomes, a hora agora era a de trazer sete, oito reforços para o time principal e o de aspirantes.

Vários jogadores interessantes aparecendo no América-MG, Tombense, Brusque, Chapecoense, Criciúma, Ponte Preta, Novo Hamburgo, Confiança, etc.
Mas, se pagamos mesmo 150 mil ao Pablo Dyego, como será possível contratar quem quer que seja? Quanto pedirão?

Nesse sentido, Angioni teve razão (para não dizer a pachorra) quando disse que os nossos reforços já estariam em Laranjeiras. Sempre estiveram lá. Virão da base.

Ou seja, jogamos milhões no lixo nesse primeiro semestre, em sub-contratações, em pseudo-reforços, pro camarada agora vir dizer que nenhum dos contratados é melhor do que o que já tínhamos em casa. Fico me perguntando se isso é caso apenas para demissão.

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Enfim, mais um Brasileirão vai começar. O que pode nos ajudar nas primeiras rodadas é que, forçados pelo acaso, deveremos entrar em campo com um time bem mais jovem do que aquele contratado para ser ‘titular’. O tal Sub40…

Na correria da garotada, talvez consigamos pontos preciosos, até a sétima ou oitava rodada.

Torçamos.

Panorama Tricolor

@PanoramaTri

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