Os companheiros admiráveis do PANORAMA já dissecaram tudo o que era possível do jogo de ontem. A vantagem de se trabalhar em equipe é essa: os craques da casa meteram a mão na massa logo depois do empate em Araraquara, o que confesso ser um enorme alívio para esta coluna, dadas as circunstâncias atuais. Já pensou se me confundem com uma “selebridade emportante”(sic) ou “formadô de openeão”(sic II)? Ufa!
Os amigos estiveram no Vieira Souto, o bar de sempre, sanduíches honestos e preços idem. À última hora o Fagner confirmou a vinda, Tiba apareceu, os Leos, Daniel e Chocão. Dada a condição nômade do nosso time – que continuará mesmo em Edson Passos -, os jogos fora de casa, a Flubabaca e tal, é mais divertido ver com a turma no boteco do que na solidão acadêmica de casa.
O Flu foi mal, o time praticamente todo. Bem mal, mas não tão mal quanto em outras jornadas abomináveis. Acontece que o time da Ferroviária era fraquinho, tinha um goleirinho de doer, mas começou a partida com certa pressão física, nada mais. Os gols foram fáceis. Fred deve ter até rido do segundo.
Aí foi que o seguro morreu de velho. No tradicional bate-cabeça da defesa, levamos um empate inacreditável, uma virada de knock-down e só não veio o knock-out porque lá estava o velho Magno. É duro dizer, mas diante do que se viu o empate acabou sendo bom resultado.
Há quase dois anos, o Fluminense encantava o país: era a sensação do futebol brasileiro, com seu jeito moderno de jogar. Durou um mês e depois foi tudo pelos ares. Alguém ainda se lembra? Até a derrota no Maracanã para o Vitória foi aplaudida por 50 mil torcedores, de tão boa que tinha sido a nossa atuação em campo.
Ano passado, um primeiro turno do Brasileiro brilhante e um segundo desastroso.
Agora, tudo levava a crer que Levir tinha azeitado o time, ganhamos a Primeira Liga – e naturalmente comemoramos – mas o Flu voltou a fracassar em clássicos decisivos.
Torcer é acreditar. O escritor trabalha e confia. Mas alguma coisa não saiu 100% daquela faiscada entre Fred e Levir. Tem alguma coisa fora da ordem no gramado. Ou no vestiário. Ou em outro lugar. Ou nada disso porque tudo é belo e perfeito e apenas temos perdido ou deixado de ganhar porque é normal.
Normal?
Ainda bem que não tenho nada importante a dizer, a não ser palpites. Falando neles, nada contra esse rapaz, o Henrique, mas me parece que a grana foi muita para ter o zagueirão de Felipão.
Vamos então para esse segundo jogo com alguma tensão e, ali na frente, lá vem o Brasileirão, o sonho da Libertadores, a luta para não ficar perto do rebaixamento e todas aquelas quinquilharias que, de fato, movem nossas vidas por conta dessas três cores.
Reforços? Drama? Alegria? Esperança?
Vejamos os tons do caminho, pois.
DICA DE LEITURA
Meu eterno mestre e guia Ivan Lessa, com quem tive uma conversa fantástica Brasil-Inglaterra em 2003, numa crônica saborosíssima de 2010.
Confiram no PANORAMA DO FUTEBOL, nosso blog irmão para temas além-Flu.
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VERDADE TRICOLOR
Pedro Trengrouse recebe nesta quinta-feira a imprensa no clube para uma coletiva sobre a candidatura à presidência do Fluminense, às 17 horas. Em seguida, apresenta seu site de campanha no Bar dos Guerreiros às 19 horas. Vale a pena ouvi-lo com atenção máxima.
Mais um nome de peso na disputa, ao lado de Carlos Eduardo Cardoso, o Cacá, e Pedro Abad. Pedro Antônio, no futuro e sem tapetão estatutário, é um senhor nome também.
Que a disputa deste ano resulte no melhor para o Fluminense e para os tricolores, pautada pelo diálogo e pelo entendimento. O passado de vaidades, egoísmo, mecenato e a disputa autoral pela invenção da roda custaram caro ao clube. Hora de acabar com a fulanização e priorizar o campo das ideias, levando o melhor de hoje aos melhores cenários do futuro. Simply the best.
Os próximos seis meses terão seis mil noites.
Leia também a coluna de Felipe Fleury.
Panorama Tricolor
@PanoramaTri @pauloandel
Imagem: rap
Acredito em todos qd dizem que são grandes nomes para servir a presidência do Flu (e não servir-se dela por favor, como outros já fizeram).
Só falta começarem os debates de ideias e propostas.
Se juntar tudo que for positivo, poderemos ter mais 114 anos para Ser História.
ST