Tantas e tantas coisas já foram ditas sobre o jogo diante do Júnior.
Muita se repetem.
Vou me ater apenas a alguns pontos que considero importantes.
O primeiro deles: a penalidade absurda marcada contra o Fluminense, que demonstra nossa irrelevância política dentro do universo Libertadores. Aquela velha história: quem grita muito contra sites e blogs, na hora que precisa se cala diante de tais barbaridades da arbitragem
O segundo é muito interessante, falo do Kayky. Seu gol foi belíssimo: por alguns instantes me lembrou o bom e velho Cláudio Adão, matando a bola e fuzilando sem defesa. Não sei se Kayky será um atacante com tantos gols quanto Adão foi, mas que ele tem o jeito de bater do artilheiro, eu não tenho a menor dúvida.
O terceiro é uma tentativa de sistematizar tudo o que se fala a respeito do elenco tricolor e das soluções de Roger, ou que podem ser chamadas assim, além das substituições.
Na prática, o Fluminense precisa é definir se pretende ser um concorrente ou um figurante na Libertadores. O motivo é simples: não devemos nos iludir com a liderança de ocasião. O Fluminense vem tendo problemas em campo e isso ficou bastante claro no empate contra o Junior, no empate contra a Portuguesa – este pelo Carioca – e antes, mesmo na vitória sobre o Santa Fé. Sufoco em duas partidas e pouco esforço pela vitória na terceira. Basta falar do destaque de Marcos Felipe.
Figurantes ficam satisfeitos com uma vitória mínima. Protagonistas jogam suas vidas a cada lance.
Muitos amigos da casa têm posições diversas a respeito especialmente do que aconteceu no segundo tempo do jogo de quinta-feira passada. Sinceramente, eu acho que o Fluminense precisa definir o que quer se o objetivo é classificar e ter uma campanha digna para marcar posição ou não. Agora se o objetivo é ganhar o título, o Flu vai que ter jogar diferente. Isso não tem a ver propriamente com a técnica ou a disponibilidade tática, mas sim com a atitude, com a vontade de vencer e aí independe se tem 4-3-2, 4-5-2, 3541 ou qualquer ordem. Ah, e as substituições precisam melhorar o jeito de jogar do time, não apenas trocar nomes.
Ia falar nessa incrível situação logística que se repetiu duas vezes em menos de dez dias por motivos de trajetos diferentes, mas deixa para lá, só espero que o Fluminense seja ressarcido pela Conmebol, confirme reza o regulamento.
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Torcer pelo Fluminense e amá-lo não significa e nem pode significar a ausência de crítica construtiva, ao menos para quem pretenda ser visto com seriedade em suas análises.
É compreensível a euforia de muitos após três partidas na Copa Libertadores, mas a lucidez recorda que o Tricolor não conquistou absolutamente nada até este momento.
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A se confirmarem os desdobramentos envolvendo o ajuizamento por parte de Miguel, teremos simplesmente a repetição de uma novela tricolor com capítulos intermináveis, onde os jovens jogadores, seus pais e representantes são grandes vilões e as sucessivas administrações são pobres coitadas que nada podem fazer. É só olhar quantos jogadores da base, ou ainda jovens, ou acionam o clube ou se indispõem.
Uma coisa é certa: nem o clube nem a torcida ganham com isso.
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Cansadaço, o Fluminense decide a vaga para a final contra a Portuguesa no Maracanã, e esta joga a partida de uma vida inteira.
“O Carioca não serve pra nada, é um campeonato falido, não é parâmetro de competição”.
Aguardemos.
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Por fim queria dizer que Cassiano foi um dos maiores artistas brasileiros de todos os tempos.
Sua morte foi anunciada nesta sexta na grande mídia televisiva com matérias que não passaram de um minuto.
Uma injustiça enorme.