Algumas palavras antes do jogo contra o Bahia (por Paulo-Roberto Andel)

O primeiro e o mais importante de tudo: vencer hoje no Maracanã e acumular cada vez mais pontos. Eu não penso em G4, eu não penso em nada disso. Se vier, ótimo e maravilhoso, mas meu grande objetivo é chegar ao fim da temporada com saúde, sem ter que fazer contas para não cair pela sexta vez em oito anos. O que passar disso é um lucro enorme.

Torço, torço e torço muito, mesmo sabendo que a realidade tricolor não condiz com meus anseios em nada.

Dito isso, resta comentar sobre os abomináveis acontecimentos dos últimos dias no clube. Abomináveis e GRAVÍSSIMOS.

Primeiro: quem acusa precisa ter provas compatíveis com sua argumentação. Pelo visto e falado, há. Aguardemos.

Segundo: quem sofre uma acusação tem pleno direito de defesa. Aguardemos, mas lembremos: a demora nisso será no mínimo causadora de suspeitas. Além das acusações de corrupção, há ameaça de morte. Não tem nada de engraçado nem divertido nisso.

Terceiro: não é com nota oficial desqualificando a plataforma de divulgação que o problema GRAVE, GRAVÍSSIMO será resolvido. Boa parte da torcida não está disposta a fazer papel de otária.

Quinto: raras vezes houve tanta inabilidade política no clube quanto nessa visita dos candidatos às eleições municipais. Um verdadeiro desastre de cabo a rabo, independentemente de ferir ou não o estatuto do clube. Falta de noção, de isonomia, de tudo.

Quinto: impedir faixas críticas de torcidas organizadas é mais uma demonstração de inabilidade política e tirania sem precedentes na história do Fluminense. Elas não precisam das arquibancadas para cobrar e denunciar o que quer que seja. E vão cobrar.

Sexto: o momento exige muitas explicações e logo.

Sétimo: onde fica o respeito aos torcedores que, por uma campanha da torcida… se associaram ao clube e veem todos esses arroubos de inabilidade? Bem me lembrou Raul Sussekind: o dinheiro que banca os cheques assinados do clube vem do bolso da torcida. Quem banca os jogadores trash que entram e saem a cada seis meses é a torcida. Quem banca lá atrás os garotos até virarem “joias de Xerém” é o dinheiro da torcida.

Você não leu errado: na era do Pix, depois de TED e DOC, o Fluminense vive a era do cheque.

Oitavo: nenhuma vitória hoje, por mais desejada que seja, vai varrer nada para debaixo do tapete. Aproveitando: senhores e senhoras moleques que gostam de ameaçar os outros com processos supostamente em nome do clube, é melhor pensar vinte vezes antes de executar as ameaças. É que vocês deixam também muitos prints e áudios pelo caminho. Vai que algum(a) ameaçado(a) resolve dar o troco e o feitiço vira contra?

Nono: alguém viu por aí um carro-forte saindo da Baixada Fluminense?

Décimo: saudações tricolores a todos os PICARETAS E TRAÍRAS que se afastaram de mim porque, desde 2016, declarei meu voto contrário ao então candidato e hoje presidente do Fluminense, democraticamente eleito. O momento é triste, mas todos eles, número 1 em falta de palavra e caráter, podem escutar neste parágrafo a minha gargalhada virtual da cara de cada um dos próprios. Quem aluga suas opiniões só merece risos, no máximo.

Décimo-primeiro (que pode ser comprovado por todas as pessoas que prestigiam este espaço há anos e anos): #EuAvisei

Panorama Tricolor

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