“Todo conhecimento humano é relativo. Cada subida prepara a queda proporcional. Cada fossa abre espaço para a altura equivalente. No final da estrada estamos no mesmo ponto de onde saímos, no zero, no nada”.
Mais ou menos como esta sentença de Carlos Heitor Cony, é que está a cabeça de milhões de tricolores por todo o Brasil.
O Fluminense perdeu de uma só pancada André e Alexsander, para enfrentar o Cuiabá. O primeiro, suspenso após expulsão; o último, na contusão que pode afastar-lhe dos gramados por um período em torno de 60 dias.
Então surge na cabeça de cada tricolor aquele bom e velho treinador que cada um tem dentro de si.
Uns projetam a vista de Manoel, com o deslocamento de Felipe Melo para o meio campo, para desempenhar o cargo de volante.
Outros escalam Tiago Santos como volante, deixando Felipe Melo na zaga.
E há aqueles que falam em nomes da base, meninos de Xerém. E dá-lhes reclamação sobre falta de oportunidades, rebatida com alegações acaloradas sobre a combatividade de Ruf-Ruf.
Uns querem JK, outros Lelê… a ponto de nos deixar meio lelés da cura de tanto argumento.
Mas acontece que no final da estrada estamos no mesmo ponto de onde saímos: quem escolhe o time é Fernando Diniz.
O que sobra para o torcedor é rogar aos céus que Diniz não acabe cavando a própria fossa onde vai se lançar, em caso de escolhas que acabem saindo pela culatra.
Todo conhecimento é relativo. Nós opinado com os rins, com o coração, uns até com a boca fazendo serviço de órgãos mais desonrosos.
O que sabemos é uma gota, o que ignoramos um oceano.
O que precisamos agora é cabeça no lugar, foco, objetivo e humildade. Até para que a subida não nos prepare uma queda proporcional.
Desculpe, leitor, se não me deixei entender claramente. É que minha massa cinzenta está acinzentada ultimamente.
Boa semana.
Ah, e por favor, não façam suas apostas. Essa coisa é complicada e te complica a vida.