O aniversariante deste 7 de setembro me leva a um momento muito especial da minha vida como torcedor. Doze, treze, catorze anos de idade. O Fluminense era o mundo e o Maracanã, o Olimpo.
Aldo chegou ao Flu em 1982. Um ano difícil, com o time campeão de 1980 sendo desmantelado. Por pouco não chegamos às semifinais do Brasileiro – havia o sonho de uma final Fla x Flu -, mas o segundo semestre foi muito ruim num Carioca que ainda era muito importante. A seguir, o péssimo brasileiro de 1983. E então, com muito esforço e seriedade, o Fluminense montou um de seus maiores times, sendo protagonista durante boa parte daquela década. Só que pouca gente se lembra de que a base do time tricampeão já estava no clube no ano anterior: Paulo Victor, Aldo, Jandir, Deley. Por isso mesmo, todos já tinham experiência com aplausos mas também muitas vaias.
Jogando seis temporadas pelo clube, em cinco delas Aldo ofereceu total segurança à lateral direita do Fluminense. Atuou por um dos grandes times da história tricolor, atuou em mais de 200 jogos, conquistou sete títulos e fez alguns gols. Sua capacidade de combate era fabulosa e seus cruzamentos, certeiros – um deles você já viu muitas vezes, quando ele coloca a bola na cabeça de Assis, para o lindo gol da final do Carioca de 1984.
Mas antes de ser o senhor absoluto da situação, Aldo escutou muitas vaias e xingamentos das arquibancadas. Não havia os faniquitos da internet, mas a pressão era forte num time desacostumado a ficar dois anos sem um título – hoje, há quem celebre oito anos como figurante. Sinais dos tempos. O verdadeiro touro amapaense deu de ombros, acreditou em seu potencial e marcou posição na história tricolor: mais de 30 anos após sua saída, o Fluminense nunca mais teve um lateral direito com regularidade e eficiência por tantas temporadas, assunto que deveria pautar o famoso scout do clube, ou ao menos as conversas com os empresários de jogadores que têm relação duradoura com Laranjeiras. Éramos felizes, mas muitos não sabiam à época.
Ao aniversariante Aldo, todo o agradecimento pelos anos em que ajudou o Fluminense a ser gigantesco, protagonista e líder. O eterno lateral merece uma valorização à altura de seus mais de 200 jogos, de seus grandes títulos, de sua garra e força que ajudaram o Tricolor em muitas vitórias, algumas das quais falamos até hoje.
Panorama Tricolor
@PanoramaTri @pauloandel
#credibilidade
Perfeito e limpo comentário.
Saudações Tricolores.
Aldo, se jogasse hoje, estaria no R. Madri ou equivalente e seria titular da seleção sem dúvida. Tinha visão de jogo, cruzamento certeiro e me lembro dum gol de peixinho na pequena área…naquela época, na tv só jogos finais e nao havia tv por assinatura, aqui no interior do RJ, torciamos pelo rádio e um amigo botafoguense me falou que ele era o ponto fraco do time, eu discordei. Aldo arrebentou na final e o amigo me parabenizou pela visão após o jogo…