Nunca fui fã de carteirinha de Paulo Henrique Ganso. Mesmo nos tempos do Santos de Neymar, quando ele era decantado em prosa e verso, não o achava um fora de série. Portanto, quando chegou ao Fluminense, numa época de vagas magras em termos de contratações, não me empolguei como muitos tricolores.
Até reconheço que, de uns tempos para cá, mais precisamente na conquista do bicampeonato carioca (em ambas as edições), ele teve momentos de brilho – inclusive nas finais. Porém, agora, parece estar voltando a ser aquele por quem nunca nutri grande expectativa.
Em uma entrevista concedida a cerca de uns dois meses, ele revelou estar jogando sofrendo de fascite plantar, um problema sério que realmente prejudica o desempenho. Contudo, algum tempo depois, deu a entender estar recuperado. Ora, será que está mesmo? Eu não gostaria de ser injusto se for o caso de o problema ainda existir.
O que posso afirmar é que o Ganso dos últimos jogos está devendo. E muito. A movimentação ficou restrita, os passes diminuíram, a combatividade (se é que já teve algum dia) desapareceu. Sua queda de rendimento é um enigma difícil de decifrar para a torcida do Fluminense.
O pior é que, neste momento da temporada, sobretudo da Libertadores, precisamos dele. É o camisa 10, uma peça importante no esquema do Fernando Diniz. Mas está errando muito. E o pior é que, várias bolas que perde no meio campo, resultam em gols dos adversários.
Neste momento, Danielzinho está jogando mais que ele. Quem sabe não seria o momento de colocar Ganso somente no segundo tempo dos jogos, quando sua experiência for necessária para cadenciar, ou servir de desafogo – sem trocadilho, por favor. Nas vezes em que se recorreu a ele com tais intuitos, deu certo.
Não queremos esse Ganso indolente, mas aquele que pode ser decisivo e até desequilibrar uma partida. Mas que, infelizmente, anda sumido.
Tomara que reapareça a tempo.