O dia em que a dor do quase veio mais uma vez nos incomodar…
A festa mais linda que o Maracanã ja presenciou e a final mais injusta de todas as Libertadores.
Era impossível não assistir as competições seguintes e não relembrar da noite que tinha tudo para ser a mais especial e que, no fim, só ofereceu lágrimas.
E depois de tanto tempo ainda é massacrante assistir uma cobrança de pênalti, mesmo que seja do time do bairro. Tudo alfineta o coração machucado naquela noite. A vontade era de poder nos livrar daquele dia, ou pelo menos parte dele, já que nem toda a festa foi o suficiente para cobrir a dor do quase.
No que se refere ao futebol, esse é o maior trauma que carrego, já que nos anos de 97/98/99 não tinha a consciência tão plena da nossa fase.
Vimos uma sequência de jogos épicos e de momentos de extrema euforia, se transformando nessas cicatrizes que parecem não sarar nunca – e mesmo que venhamos conquistar a tão sonhada taça, o choro por 2008 continuará entalado.
De toda forma, jogadores que operaram milagres ficarão marcados pela eternidade. Nossa história, nossas batalhas e as maiores demonstrações de amor vindas de uma torcida… Ninguém conseguirá apagar.
Às vezes me pergunto o que teria acontecido caso tivéssemos sido campeões. Será que teríamos chegado à beira do abismo naquele mesmo 2008 e no ano seguinte? E o título de 2010 (sinônimo de superação) teria vindo? A dor permanece, mas a superação precisa ser sempre maior.
Aquele jogo foi como a vida e a vida nem sempre é justa. Mas a torcida tem fé e é com ela que prosseguimos.
Hoje, sete anos depois, estamos no G4, o título é uma possibilidade, o sonho da América continua muito vivo.
Panorama Tricolor
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Imagem: andré durão/globoesporte