Acabou a brincadeira. A chave virou e agora é tudo ou nada. Este começo de temporada é um dos mais difíceis dos últimos anos. Não tem jogo fácil na Libertadores. E esta fase inicial é complicada porque não tem tempo pra recuperação. Na fase de grupos, uma derrota, dois resultados ruins podem ser recuperados com as demais atuações que coloquem o time na fase seguinte.
Para o torcedor, imprensa, elenco, comissão técnica, este confronto e o próximo são o primeiro elevador para o inferno. Se ficar, o ano tende a ser terrível. Se passar, será um alívio e despertará expectativas. Depois vem a fase de grupo e os mata-matas. À medida que o time avança, diminui a velocidade do elevador em caso de insucesso.
A torcida já ficou ressabiada com os desperdícios de pontos que impediram a classificação para a fase de grupos. As contratações deste ano deram mais esperanças no torneio. Mesmo assim, há forças na Libertadores. Não só elencos, mas experiência na disputa. River, Boca, Atlético Mineiro, Palmeiras, Flamengo são exemplos de times que têm diferenciais. Ainda tem Peñarol, Olímpia, Independiente Del Valle, Barcelona que estão todo ano.
Nesse contexto, Abel deverá ter muita sabedoria. Qualquer vacilo, escalações erradas, esquemas pouco ambiciosos arrastam para o buraco. A torcida está na fase da comparação. Marcos Felipe x Fábio, Fred x Cano, Felipe Melo, Nathan, enfim, esse time do Fluminense ainda está na fase de conquistar a torcida e o desempenho na Libertadores vai ser o principal indicador.
A torcida está precisando de alegrias. Alegrias mesmo, não uma aqui, outra ali. Algo que, ao terminar o ano, comemore-se incondicionalmente. Ano que vem, recorde-se de 2022 como um capítulo especial na história. Chega de fazermos o balanço de temporada no vermelho.