Acreditar no Flu (por Felipe Fleury)

Eu não me lembro de uma partida em que o Fluminense tenha dominado com tamanha superioridade e facilidade um rival, como a que disputou na segunda-feira passada contra o Botafogo. E, ao que me consta, nunca o vi perder exercendo tal supremacia. Um exemplo emblemático de que, no futebol, nem sempre o melhor vence e de que a Justiça pode ser preponderante para o resultado de qualquer esporte, exceto o do esporte bretão.

Foi absolutamente frustrante e doloroso absorver a derrota, quando a vitória pareceu certa em, pelo menos, 80% do tempo de jogo. Há de se reconhecer, contudo, que não veio porque, além de o Botafogo ter um goleiro estupendo, aliás, dois, tem uma zaga melhor que a nossa. Além disso, em mais de uma oportunidade, contra-ataques em superioridade numérica foram desperdiçados em afobação ou preciosismo. E os gols que sofremos decorreram de falhas cabais da defesa na bola aérea.

Ibañez, nesse quesito, faz falta. Jogador alto, que joga simples e ainda sabe sair com a bola. Ele e Luan Peres podem compor uma zaga que teria mais qualidade que essa que vem atuando. O terceiro nome seria escolhido entre Gum e Renato Chaves, e aí não me atreveria a dizer quem é o melhor ou menos pior.

O mais importante, no entanto, o que se pôde extrair da dolorosa derrota é que, exceto pelos dois erros cometidos e que resultaram nos gols adversários, o time praticou um excelente futebol, uma das melhores apresentações do ano, só maculada pelo mentiroso placar.

Isso indica que Abel está no caminho certo, e que, mantendo a pegada, o Fluminense pode ser mais do que foi na temporada passada e muito mais do que a melhor expectativa do torcedor nesse início de ano.

Importante lembrar que enfrentamos, ao contrário de Flamengo e Corinthians, que lideram a competição, adversários bem mais complicados nessas primeiras rodadas: o próprio Corinthians, Cruzeiro, São Paulo, Vitória (fora) e um clássico regional, Botafogo. Dos quinze pontos em disputa, levamos sete e estamos apenas a três pontos de ambos e do outro colíder, o Atlético/MG.

Portanto, vale a perseverança e o crédito nessa equipe, que não pode baixar a guarda. É preciso derrotar o Atlético/PR em casa, time que oporá sérias dificuldades ao Fluminense, especialmente por apresentar um esquema de jogo moderno e inovador traçado por seu bom treinador, Fernando Diniz.

Passo a passo precisaremos suplantar os obstáculos e aí, nos mantendo livres da zona de rebaixamento, consequentemente estaremos mais próximos dos patamares mais elevados da tabela. Acredito, como já disse anteriormente, que, dependendo do número de vagas para a Libertadores de 2019, é bem possível uma classificação Tricolor.

Sem baixas, por lesões ou vendas, sem ingerências externas e com os salários em dia, o Flu pode nos dar alguma alegria em 2018, fazendo sorrir o torcedor tricolor há tanto tempo amargurado com o descaso com que é tratado seu clube do coração.

Panorama Tricolor

@PanoramaTri @FFleury

#JuntosPeloFlu

Imagem: f2

1 Comments

  1. Eu acredito é na eterna campanha do jornalismo esportivo contra o Fluminense. Mais uma do UOL:

    esporte.uol.com.br/futebol/campeonatos/brasileiro/serie-a/ultimas-noticias/2018/05/20/22-anos-depois-ricardo-pinto-abre-a-caixa-da-rivalidade-flu-x-atletico-pr.htm

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