Acerca do documentário sobre as tartarugas do pantanal matogrossense (por Marcelo Savioli)

Amigos, amigas, antes de qualquer coisa, se um sujeito diz que o Fluminense e o Santos deixaram de ser grandes, não é o caso de criar polêmica. É preciso,ao contrário, entregar a um profissional a incumbência de identificar qual o tipo de transtorno psiquiátrico que causou tal manifestação psicopatológica.

Falando em transtorno, tenho que agradecer ao bom Deus a oportunidade de ter presenciado o momento do gol do Peñarol no time grande que não tem nenhum título conquistado de forma honesta. Foi a salvação da lavoura, depois de ter tido que assistir aquele documentário sobre as tartarugas do pantanal mato grossense.

Diz o Diniz que é assim mesmo, que o time cumpriu as determinações táticas e obteve um bom resultado para quem enfrentou o Luverdense, um dos gigantes do futebol brasileiro. O resultado não foi, de todo, ruim. Ruim, e vejam que eu já venho abordando isso há um certo tempo, é a queda de desempenho conceitual e tático do Fluminense nas últimas semanas.

Antes, podíamos suspeitar de que o problema era a falta de tempo para descansar a mente e treinar. Depois de duas semanas inteiras sem jogar, sendo uma delas a que antecedeu a partida de ontem, essa justificativa já não cola mais. Ao mesmo tempo, não é mais possível que finjamos que não está acontecendo nada, pois esse é o caminho certo para o fracasso.

No jogo de ontem, com toda posse de bola obtida nos primeiros quinze minutos, quem teve o controle do jogo foi o Luverdense, que levava a partida para onde queria, chegando com mais perigo às imediações de nossa área. Verdade seja dita, a estratégia de jogar no erro do Fluminense só funcionou no decorrer daquele período. Posteriormente, o mérito do Luverdense foi ter conseguido neutralizar nossas ações ofensivas.

Diz o Diniz que é porque eles têm obediência tática. Concordo. O chato é ter que ouvir a comentarista do Sportv falando o tempo todo que o Fluminense vai encarar esse tipo de situação durante todo o Campeonato Brasileiro e ter que concordar com ela sobre o risco que isso representa para um time que não conseguiu criar mais que uma ou duas oportunidades razoáveis de gol durante toda uma partida.

Isso não é estratégia, é deficiência. É preciso buscar as causas dessa deficiência. O time perdeu a capacidade de articulação, ficou engessado. Toda vez que tenta espetar a jogada, entrega para o adversário. Então, fica tocando a bola para frente e para trás na própria intermediária. Falta movimentação, rapidez nas trocas de passes. Contra o Flamengo, na semifinal da Taça Rio, nãojogamos em nenhum gramado pesado, não éramos ameaçados por enormes jacarés com suas bocarras cheias de dentes enormes escancaradas, e foi a mesma coisa.

Acho que chegou a hora de Diniz encarar o problema de frente. No sábado, não jogam o Ganso e o Aírton. É possível que o Mascarenhas já esteja recuperado. Exceto pelo Aírton, que seria substituído pelo Caio Henrique, e pelo Digão, podemos escalar a equipe com a mesma formação do Fla-Flu da Taça Guanabara. Põe lá o Nino, fazendo dupla com o Matheus Ferraz, retorna o Daniel para o meio, põe o Mascarenhas na lateral e bota o Bruno Silva para fazer o mesmo papel de antes, cobrindo e agredindo pelo setor direito do campo.

Sabem aquela história de que em time que está ganhando não se mexe? Mexe, sim, mas só se for para melhorar.

Saudações Tricolores!

Panorama Tricolor

@PanoramaTri

#credibilidade

1 Comments

  1. Claro que em time que ganha se mexe. Essa é o tipo de máxima que engessa o futebol brasileiro. Se o time tá ganhando, os adversário criam novas táticas para ele, então há de se mexer para surpreendê-los. É necessário mudar! Diniz pode dar uma olhada no Athletico pra ver se não tira do sul uns ventos inspiradores…

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