SEJA LUZ PARA O LUIZ. COLABORE.
Estamos na final. Por pouco isso não aconteceu, senhor. E não vai dar tempo para consertar quase nada dos inúmeros erros do Fluminense em 2022.
E agora?
Apesar dos fracassos nas últimas decisões contra o rival, temos vencido os últimos clássicos. Mas é pouco para ser campeão.
Alguma coisa cheira mal pelos lados do CT, vide escalações extraterrestres e substituições inusitadas. E da direção do clube nem é preciso falar, tamanha a mistura de desastre com arrogância e desafios à lógica matemática, somados à verdadeira vocação para a derrota.
O que dizer do segundo jogo contra o Botafogo? Um desastre de ponta a ponta, salvo no último grão da ampulheta por Cano, ainda que certo fundamentalismo tricolor queira atribui-lo a Fred, com todo respeito ao ídolo tricolor, que não precisa de tanta barra forçada nos jogos finais da carreira.
Estamos a menos de três dias do primeiro jogo da decisão no Rio. Mesmo em fase modesta se comparado a 2019, o rival é bem superior e está em ascensão. Se o futebol fosse lógico, estaríamos ferrados, só que não é. E não sendo, rolam os dados.
Para evitar o quarto vice-campeonato carioca desde o ano de 2017, bem como o primeiro tetra campeonato da história do adversário, o Fluminense só tem uma saída: a mistura de garra infinita com a postura de time grande, vocacionado para vencer as disputas em vez de apenas figurar nelas – tudo que não deu certo em 2020 e 2021, 2017 fica de fora porque fomos claramente roubados.
Basicamente, a saída é o que se viu nas partidas do Fluminense no Carioca 2022, mas não na pré-Libertadores com suas escalações exóticas.
Podemos discutir posturas, sistemas e escalações, todos itens importantes demais na concepção do jogo, mas nenhum deles será maior do que a atitude vencedora à essa altura do campeonato, simplesmente por falta de tempo hábil.
O problema é como implementar isso em tão pouco tempo, num clube onde o treinador dá entrevistas alienígenas sobre o que acontece em campo, e onde o presidente faz evoluções de porta-bandeira no momento favorável mas vai embora antes no desfavorável.
Há quase 50 anos nisso e pelo menos 44 vivendo diariamente o torcer, acho que nunca vi o Fluminense numa situação tão desfavorável para uma final de campeonato. A sorte é que é futebol, que o improvável pode acontecer num estalar de dedos – vide o gol de Cano ontem.
Ok, minto parcialmente, vi uma situação bem desfavorável: 25 de junho de 1995, 34 minutos do segundo tempo, o rival em êxtase, 60 mil adversários urrando, faltando pouco mais de dez minutos para o fim do jogo, o empate era deles, a gente com nove homens em campo. Só que naquele tempo a gente tinha Lima, tinha Renato, tinha Djair, tinha Aílton, enfim…
Que ninguém se iluda: o Fluminense deste domingo não tem condição de ganhar título algum. Felizmente amanhã é um novo dia. Não haverá grandes treinos (lógico), grandes sofisticação, nem tempo nem nada. Mas tem uma camisa capaz de desafiar definições. É pouco? É, mas é o que temos.
A gente tem que agredir. A gente tem que atacar. A gente tem que trocar socos em vez de ficar encolhido tomando porrada no canto. Na briga, ganha quem bate primeiro. A gente tem que jogar como time grande com 120 anos de história. Tem que criar, atacar, infiltrar, ameaçar. Chega de água de bidet, a hora é de rio caudaloso! O Fluminense não é time pequeno, porra!
Abel, pelo amor do teu Deus, me faça quebrar a cara e monte um Fluminense mortífero para essa decisão vapt-vupt. Fluminense grande, sem morrinha. Se puder manter o Arias, colocar o Ganso de saída e tirar o Bigode, já ajuda bastante. Ah, ouça mais a torcida e menos os idiotas da objetividade, que louvavam as atuações na Libertadores. Deu no que deu. Um abraço do leigo.
Haja o que houver, já estou bem preocupado e nervoso. Mas insisto, mesmo que por empirismo: só o futebol permite grandes reviravoltas do inferno para o céu em uma semana.
Estão rolando os dados, vamos ver no que dá, mas reitero: a única chance do Fluminense nesta final é jogar como time grande.
Ex_treinador em atividade. Esquema ultrapassado. Escalaçao equivocada. Substituições inacreditáveis. E, não se pode esquecer, ARBITRAGENS TENDENCIOSAS. Há duas rodadas, o Vasco teve um lance de pênalti ignorado pelo var e pelo soprador de apito. E a história não mente, eles são o time do roubado é mais gostoso.