SEJA LUZ PARA O LUIZ. COLABORE.
Tricolores de sangue grená, as recentes atuações com postura covarde da equipe do Fluminense sob o comando de Abel Braga meio que ofuscaram um problema que sempre esteve presente no caminho do Fluminense e o impediu, por muitas vezes, de ganhar títulos: a arbitragem. De Hector Baldassi e Carlos Amarilla a Roberto Tobar (juiz que fingiu que viu mão de David Braz no jogo contra o Olímpia no Paraguai), passando por Flamengo de Lima Henrique, Wagner do Nascimento Mengãolhães e Urubruno Arleu de Araújo, entre outros, muitos outros, o Fluminense já viu tungados classificações e títulos exclusivamente no apito. Mas, se pode-se argumentar que reforçou-se dentro das quatro linhas para tentar ganhar títulos, fora delas continua sendo tão eficiente quanto o Cuiabá.
Causa-me espécie que há tanto tempo tenhamos que lidar com esse problema e reagir como a hiena Hardy, do cartoon Lippy e Hardy: “ó vida, ó azar”, e absolutamente nada fazer a respeito. Talvez a primeira grande roubalheira em um só jogo tenha sido em 1992, contra o Inter na Copa do Brasil, e tivemos o caso das papeletas amarelas que evitou nosso tetra estadual em 1986, mas os mais antigos podem lembrar de outras anteriores. Hoje o presidente da Federação de Futebol do Rio de Janeiro tem o apelido de “Roubinho” e, aparentemente, isso faz parte do “folclore” brasileiro. Todos acham graça quando seu rival é assaltado, porque assim se evita que ele seja vencedor ou vitorioso. E, coincidentemente, há um “fanservice” aqui no Brasil em que as arbitragens favorecem, em sua grande maioria, sempre os mesmos times. Bastante interessante.
É difícil comprar o discurso de qualquer gestão que seja (e não me refiro apenas à atual, que nesse sentido só repete o mais do mesmo) se não houver uma preocupação legítima com as arbitragens venais que tiram dos clubes classificações, dinheiro, títulos, respeito e sonhos. Agora mesmo, o Fluminense tem pela frente duas decisões (considerando que eliminamos o Botafogo, já que escrevo antes disso) em que os árbitros escalados para as partidas não deveriam sequer serem cogitados para apitá-las. Um nos roubou em 2017 e o outro, em 2021, já na gestão atual. E nada foi feito para impedir que eles fossem escalados, não vi qualquer movimentação do Fluminense no sentido de protestar ou até ameaçar não entrar em campo se forem esses os juízes das partidas… nada. Nem as “notinhas de repúdio” vieram.
Até quando o Fluminense terá que jogar contra juízes, bandeirinhas, quarto árbitro, equipe do VAR, presidente da federação do Rio e mídia suja flapressiana, só para citar alguns, para poder conquistar um título? Porra, já provamos que quando somos inferiores e o rival nos supera, não tem mesmo como vencer, vide as finais ridículas em 2020 com show de Egídio. Mas quando a coisa equilibra, sempre há esses agentes aí para desequilibrar. Alguém acredita que não interferirão dessa vez? Duvido e aposto meu salário do ano inteiro nisso. Para que o Fluminense seja campeão carioca, vai ter que jogar muita, mas muita bola, para superar todos esses agentes que não querem que nunca mais sejamos campeões de porra nenhuma.
E se quiser ser campeão da Copa Sul-Americana, que abra seu olho e aumente sua esfera de influência na Conmebol, porque a arbitragem de Roberto Tobar já mandou um recado claro: brasileiros não são bem-vindos nas suas competições, e o que puderem fazer para nos eliminar, farão. O grupo que pegamos pode até não ser a baba do boi cansado, mas é bem perto disso. Oriente Petrolero é um Nova Iguaçu da Bolívia e joga sem altitude. Unión Santa Fé é como uma Chapecoense da Argentina, apesar de estar fazendo ótima campanha no campeonato deles. Por fim, Junior Barranquilla conhecemos bem, mas estão em oitavo no campeonato nacional deles que é liderado pelo… Millonarios. Num cenário normal, o Fluminense passaria às oitavas com seis vitórias, mas duas das viagens são extremamente longas e com escalas difíceis. Então, vamos ver como será, mas é obrigação passar de fase, sem dúvida.
Por fim, o Brasileirão está perto de começar e saberemos em breve também qual será nosso adversário na Copa do Brasil. Se o Fluminense tiver que optar por qual competição priorizar mais à frente, tem duas opções. Se quiser reconhecimento, um título de competição sul-americana nos dará finalmente a chance de acabar com essa palhaçada de “virgem da América” que inventaram, como se o Fluminense restringisse sua importância ao continente, e não ao mundo. Se preferir a grana (que é bem mais alta), a Copa do Brasil é a escolha sensata, premia muito melhor e, apesar das chances de título reduzidas (podemos topar com os melhores times do Brasil + arbitragem), talvez faça sentido apostar nela. Meu coração de torcedor me diz que o título da Sula é obrigação, não importa quantas competições estejamos disputando. E, na minha visão, o Fluminense tem que tentar vencer todas elas, como o time gigante que é.
Curtas:
– Será que custa escalar o Fluminense do meio pra frente como estava quando fez o gol contra o Botafogo? Nem precisa ser os mesmos jogadores (embora alguns não encaixem de jeito nenhum), mas a ideia de jogo tem que ser.
– Palpite para o jogo de quinta (não sei ainda de quem é o mando): Fluminense 2 x 0 Flamengo.
Um abisurdo
Aloísio, felizmente não é o time que é covarde, sim o Abel! Qto a arbitragem sempre tivemos problemas e isso não vai melhorar agora! Concordo com vc que deve ser escalado um time q jogue na frente