Saudações tricolores, amigos do Panorama! O Flu entrou pela segunda vez com o time titular na temporada e venceu mais uma.
O desempenho mais uma vez foi satisfatório se levarmos em conta o calor e a falta de ritmo, fatores inerentes aos inícios de temporada.
Para enfrentar o 4-1-4-1 ajustado do Madureira, que já havia causado problemas ao ataque do Flamengo, Diniz manteve o time titular e seu 4-2-3-1, trocando apenas André, que não viajou com a delegação por motivos familiares. Em sua vaga entrou Giovanni que, mais uma vez, se apresentou bem.
O Flu atuou com seu padrão de controle da posse no campo do adversário e praticamente não foi atacado na etapa inicial. O meio de campo foi muito bem, com ótimas atuações de Martinelli e Ganso pelo corredor central.
Martinelli, aliás, substituiu André com categoria, sobretudo no controle do espaço à frente da zaga e na condução do primeiro passe na saída de bola. Já o colombiano Jhon Árias mais uma vez foi o destaque técnico e tático do time. Abaixo, o campo tático que demonstra a atuação incansável de Árias por toda a intermediária.
Na parada técnica do primeiro tempo, Diniz pediu para Ganso recuar um pouco e distribuir o jogo pelas duas beiradas, visto que o Tricolor insistia em atacar somente pelo flanco direito.
Ocorre que o time só atacava por onde Árias se apresentava. Como o colombiano estava caindo mais pela direita, beirada que contava com o mergulho constante de Samuel Xavier, o Tricolor insistia em jogar por ali. Enquanto Ganso procurava o espaço para fatiar a bola, Árias procurava o time do Flu e o ponto de concentração da posse. Ele se desdobrava para ser opção de passe e fazer a coisa acontecer.
O receio é o volume de jogo ofensivo ficar adstrito à voluntariedade do colombiano, fato que ocorreu nos dois primeiros jogos da temporada com o time considerado titular. O jogo foi mais fomentado por Árias do que propriamente pelo coletivo da equipe. Ou seja, o Flu está concentrando pelos cantos com aproximação, mas falta velocidade e objetividade no terço final, papel que Árias tem cumprido de forma solitária no ataque tricolor.
Outra coisa que precisa ser trabalhada é a inversão da bola no lado oposto, visto que o time concentra e abre esse espaço no outro flanco. Abaixo o campo tático do time testado por Diniz na primeira metade do segundo tempo.
As entradas de Lima e principalmente de Keno, mostraram ideias que o treinador tem para diversificar o volume ofensivo que o time cria. A entrada de outro ponteiro para auxiliar Árias, em tese, retira um homem de meio mas, analisando por outro prisma, fornece profundidade pelas duas beiradas e deixa o time mais incisivo no terço final.
Parece óbvio que Yago está prestes a perder a titularidade. Apesar de ser um jogador que se entrega e preenche o meio, até agora o meia ainda não conseguiu se enquadrar na proposição tática do time. O bom é que estamos apenas no início da temporada, o tempo certo para os testes. Salve o Tricolor!