A saída de Nonato e a frágil economia tricolor (por Marcelo Savioli)

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O Fluminense perdeu o meia Nonato nesta quinta-feira, 1 de setembro. Uma proposta de um clube búlgaro seduziu o Internacional e o atleta. Um clube búlgaro, vale repetir. Muito embora não deva parecer essa repetição uma demonstração de menosprezo pelo futebol búlgaro, que já teve lá seus bons momentos no cenário mundial. Refiro-me, evidentemente, ao fato de um time de uma liga pouco relevante na Europa tirar um jogador de um clube brasileiro, com tamanha facilidade, no meio de uma temporada em que esse clube briga por títulos nacionais de grande relevância.

Sim, é a economia, eu sei, mas saber não significa aceitar passivamente a frágil condição econômica do Fluminense dentro do cenário nacional e internacional. É só vermos Pedro e Gustavo Scarpa, para ficar nos mais próximos, brilhando com a camisa de rivais. Não, isso não é um desabafo. O que estou fazendo aqui é evidenciar os fatos para enfatizar a necessidade da conscientização de que é preciso mudar. O Fluminense precisa de investidores para voltar a ser competitivo em todos os aspectos, porque uma coisa puxa a outra, para cima ou para baixo.

É óbvio que, num momento tão importante da temporada, a saída de Nonato, titular de Diniz, enfraquece o nosso elenco. Um elenco que já perdeu Luiz Henrique, outro titular, mudança à qual ainda vem se adaptando. Do ponto de vista do time titular, acredito que Martinelli possa perfeitamente substituir Nonato, mas não seria ele, no jogo de sábado, contra o Athletico, o substituto de André? Talvez Yago reapareça. Nesse caso, menos mal. Quem sabe Calegari? Ou Nathan? Ou Michel Araújo?

Enfim, perdemos um jogador onde temos opções para recompor, mas não deixar de ser um lembrete de que, sem um salto econômico, os voos esportivos tendem a ser de galinha.

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Menos mal que deveremos enfrentar o time reserva do Athletico no sábado. Aliás, podemos ter uma 25a rodada do Campeonato Brasileiro interessante. Se enfrentaremos os reservas do rubro-negro paranaense, é bem possível que Abel Ferreira também escale um time reserva do Palmeiras contra o Bragantino. Após a derrota para o próprio Athletico no jogo de ida das semifinais da Libertadores, a pressão ficou grande sobre o Palmeiras. O momento de priorizar a Libertadores, para eles, é agora. Quem sabe não tiramos um pouco da desvantagem de oito pontos que temos para o atual líder do Brasileiro?

O problema é que o Flamengo, confortável com a vitória avassaladora na Argentina, deve concentrar suas forças no jogo contra o Ceará, no Maracanã. Por outro lado, há um confronto direto entre Corinthians e Inter, que pode nos conceder uma certa folga no G-4. Vencendo o Athletico no sábado, trabalharemos mais uma semana para enfrentar o Fortaleza, no dia 10 de setembro, antes do Fla-Flu do dia 18, que poderá decidir quem segue na luta pelo título, na cola do Palmeiras. Como terminamos o mês recebendo o Juventude, no dia 28, quando Palmeiras e Flamengo terão compromissos dificílimos fora de casa, contra Atlético-MG e Fortaleza, setembro pode ser decisivo para nossas pretensões. Não só no Brasileiro, mas também na Copa do Brasil, em que teremos o Corinthians daqui a duas quartas-feiras, em Itaquera, no jogo de volta da semifinal da Copa do Brasil, que pode nos valer a vaga na decisão.

Voltando ao jogo a jogo, é grande a expectativa por mais uma grande atuação na Arena da Baixada, apesar dos desfalques de André e Nonato. Vamos ver como o Flu se porta diante dessas baixas, até como forma de mostrar que tem mais do que ótimos onze titulares.

Saudações Tricolores!