É claro que, naquelas condições, não se ganha nada. Pois bem, nosso clube estava morto e o efeito positivo que o rebaixamento poderia provocar seria muito limitado: trazer o defunto de volta à vida. Isso realmente ocorreu, mas durou mais de uma década do primeiro rebaixamento até que conseguíssemos disputar um título nacional e vencer. Entre 1996 e 2007, o Fluminense ganhou dois estaduais. Sobrevivemos, nos ajustamos, nos endividamos, nos reformamos, vencemos finalmente. Onde tinha um defunto, voltou um clube. Não o clube do passado, mas algum. Um clube mal administrado, mal organizado, mal arrumado, mas vivo.
Justamente porque apenas sobrevivemos e recriamos condições mínimas de existência, passamos os últimos anos num transe bipolar: ora sonhando com a conquista do mundo; ora rezando para não cair. Entre um auge e um fundo do poço, ganhamos alguma coisa. Muito pouco considerando que o clube em questão ainda é o eterno Fluminense.
Agora, caímos de novo. A diferença está aí: desta vez, caímos vivos e não mortos. Isso tem duplo caráter, como disse. Por um lado, assusta que um clube campeão brasileiro, com um dos maiores patrocínios do país, com um elenco caríssimo e profissionais – todos – respeitados no meio (gostemos deles ou não) ainda consiga cair. Como nós fomos capazes disso? Que tanta insensibilidade e incompetência nos levou a um desfecho como esse? Por que profissionais experimentados não souberam lidar com carências do elenco, estrangulamento financeiro, humores de estrelas da equipe, e boicotes ao treinador, entre outros problemas relativamente corriqueiros no futebol? Este é o lado sombrio da história e temos de reconhecê-lo, se queremos deixá-lo no passado.
Felizmente, há outro lado. Toda queda de um time grande provoca mudanças. Estas podem ser para melhor ou não. De todo modo, a queda abre a ferida e, com ela, uma janela de oportunidades. Desta vez, a oportunidade que está aberta para nós não é a do final da década de 1990: ressuscitar. Como disse, agora estamos vivos, o ponto de partida é outro, bem superior, apesar dos pesares.
Que aproveitemos a oportunidade para provocar mudanças, algumas óbvias, que me permito aqui enumerar: montar um time que jogue, em lugar de se arrastar, ora em campo, ora no departamento médico; contratar um treinador ousado, que goste e entenda de futebol e não de retranca; fazer o patrocinador patrocinar e não mandar; ajustar nosso departamento médico; dar corpo físico de profissional aos nossos garotos magrelos da divisão de base; erguer o CT; mudar a relação com a imprensa, para deixar de ser crucificado todo dia; não fazer da profissionalização do clube um veículo para a perda da paixão; trazer craques de verdade para jogar a série B, com a esperança de ganhar também a Copa do Brasil e já voltar à série A jogando a Libertadores; apostar que a torcida pagará o time de craques, indo ao estádio e lotando nossos 43 mil lugares todos os jogos. Este último ponto é importante: um jogo com Maracanã lotado gera mais de 1 milhão de receita aos nosso cofres.
Mandamos cerca de 30 jogos por ano. Só aí são 30 milhões, o que é quase o que nos paga a Unimed.
Nada disso era possível no final da década de 1990. Agora é possível e imaginável. Que os tricolores tenham paciência e humildade para fazer isso acontecer, em lugar de ficar remoendo a dor de 2013 numa série de discussões infundadas sobre questões menores. Que as decisões tomadas em dezembro de 2013 façam deste ano não o ano da queda, mas o ano a partir do qual arrancamos para outra condição: aquela em que se torna impossível cair e possível ser campeão mundial.
Panorama Tricolor
Fluminense de verdade
@PanoramaTri
Foto: Agência O Globo
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Senhor Peter, seja homem e não aceite essa situação de voltar a serie A através da justiça, mesmo que a Portuguesa seja rebaixada não devemos jogar a Serie A, já basta tudo que escutamos durante todos esses anos, vamos pagar o que devemos, sou tricolor de coração, mas não podemos deixar essa oportunidade passar.
13) Portanto, repito, o FLUMINENSE está sendo usado pela GLOBO para tirar de cena a principal contraposição que existe nessa questão. O conflito é entre os interesses de FLAMENGO X PORTUGUESA. Por favor, deixem o FLUMINENSE fora disso!! FLAMENGO, PORTUGUESA, GLOBO, CBF e STJD que decidam isso!!!
Não cabe ao Fluminense qualquer papel nessa “nova novela da GLOBO”, que será mais uma campeã de audiência.
12) O time a ser eventualmente beneficiado poderia ser o Curitiba, o Criciuma, ou o Vasco. Por obra do acaso é o Fluminense que está nessa situação de possibilidade de permanecer na 1a divisão, caso um dos dois times (FLAMENGO ou PORTUGUESA) sejam punidos, segundo o regulamento, com a perda dos 4 pontos.
11) Para que não fique parecendo uma virada de mesa do Flamengo a REDE GLOBO atribui a questão ao Fluminense, que sequer sabia dessa possibilidade de permanecer na primeira divisão, uma vez que foi o Procurador Geral do STJD quem se manifestou para que o regulamento fosse respeitado.
12) O time a ser eventualmente beneficiado poderia ser o Curitiba, o Criciuma, ou o Vasco. Por obra do acaso é o Fluminense que está nessa situação de possibilidade de permanecer na 1a divisão, caso um dos dois…
9) Existe um risco, ainda que não muito alto, de apenas o flamengo ser punido e ser com isso rebaixado.
10) A Rede Globo tem interesse que o Flamengo permaneça na série A do próximo ano e para que isso aconteça não faria qualquer questão que a Portuguesa fosse rebaixada no lugar do Flamengo.
7) A Portuguesa alega que o jogador não deveria estar suspenso por dois jogos porque, segundo seu advogado, na leitura da sentença o tribunal teria dito 1 jogo apenas, apesar de estar escrito no papel que eram dois jogos de suspensão.
8) O Flamengo seria rebaixado caso perca os 4 pontos prescritos no regulamento e a Portuguesa não seja igualmente punida pelo STJD com a perda dos 4 pontos.
5) A irregularidade da Portuguesa é diferente, o jogador tinha sido punido com cartão vermelho e levou dois jogos de suspensão. Melhor dizendo, o jogador, além da suspensão automática do cartão vermelho, foi punido ainda por mais um jogo por questões disciplinares (em função de agressões ao árbitro), o que é o padrão dos julgamentos do STJD.
6) A tese da defesa do flamengo é a de que o jogador já havia cumprido a suspensão automática em outra competição, mas o regulamento é bem claro, dizendo…
3) Existe a possibilidade bastante plausível de o STJD absolver um dos dois times e punir apenas um dos dois times, de acordo com cada situação particular.
4) A irregularidade do jogador do Flamengo diz respeito à escalação de um jogador punido com suspensão automática por cartão vermelho ocorrida no jogo anterior do campeonato. O Flamengo alega que a suspensão automática já havia sido cumprida por conta de um jogo da Copa do Brasil (outra competição) no qual o jogador não foi relacionado para…
Explico:
1) FLAMENGO e PORTUGUESA escalaram jogadores irregularmente segundo o que determina o REGULAMENTO da competição e da CBF.
2) Apesar das punições previstas para as situações de FLAMENGO e PORTUGUESA serem a da perda de 4 pontos no campeonato, os dois times não praticaram as mesma condutas irregulares, ou seja, são questões diferentes.
A REDE GLOBO é grande interessada em criar uma oposição entre o interesse do Fluminense e o da Portuguesa. Colocou no site a imagem dos dois escudos dos times se comtrapondo (Flu X Portuguesa). Mas a verdade é a seguinte: o Fluminense nunca moveu qualquer de seus advogados para sustentar qualquer tese de perda de pontos da Portuguesa de Desportos.
O principal interessado na perda dos pontos da Portuguesa não é o Fluminense mas sim as Organizações GLOBO
Vamos fazer as mudanças propostas permanecendo na sérieA, pois a Portuguesa e o Flamengo escalaram jogadores irregulares na última rodada. As suas propostas são ótimas e, se implementadas, nós seríamos um clube que disputa sempre as primeiras colocações. Sds Tricolores