De tudo o que aconteceu sábado no Maracanã, a verdadeira pena esteve na leve frustração mar de gente tricolor presente à derrota para o Vitória. Na saída do estádio, precisei ir da Radial Oeste à Eurico Rabelo. A multidão que não cessava. Neste aspecto, o Fluminense deu às mãos à sua verdadeira vocação – a do time de grande torcida. O simplista falará do ingresso barato; digo de um sábado à noite em pleno feriadão.
É certo que merecíamos mais. Firme no primeiro tempo, o Fluminense perdeu boas oportunidades. Manteve o desenho da vitória contra o Palmeiras, levemente empoeirado porque a compactação é mais difícil de ser feita no Maracanã. Houve muita luta. A destoar do conjunto, apenas Carlinhos num de seus raros dias de não.
Então entrou em campo o velho dilema no Maracanã para a etapa final: numa partida lotada, quando o visitante de torcida diminuta abre o marcador, a coisa complica. O Vitória achou seu gol no azarado desvio de Fred. Quem não faz, leva – o chavão inevitável. A resposta tricolor veio em certa mudança de paradigma no ataque: menos bolas passadas e mais alçadas. Um jogo de gato e rato, o Fluminense era todo ataque, o Vitória saindo em respostas na velocidade de Marquinhos. Fred deu uma boa cabeçada à esquerda do gol.
Os baianos foram espertos e souberam agitar o contragolpe para fazer 2 x 0 – claro: desesperado, o Flu jogava na intermediária ofensiva, deixando a defesa descoberta. Depois Wagner, já no fim, foi premiado por seu esforço e descontou na rebatida. Já era tarde. Walter entrou, quase fez um golaço num chute de prima, mostrou a velha categoria em lances efêmeros.
Ninguém gosta de perder, mas futebol não traz a vitória assegurada na compra do ingresso. Por um lado, a fanfarronice de poucos deslumbrados por um penta já a caminho dissolve-se feito efervescente no copo d’água. A maioria, sóbria, sabe que há muito a ser feito, reforços são necessários, que ainda é cedo, mas que também nenhuma derrota pontual como agora é motivo de desespero. Simplesmente acontece. Foi uma derrota estranha: sabemos que não era merecida, mas o caso é futebol – cuja justiça passa por caminhos nem um pouco lineares. Mais do que tudo uma noite estranha.
Na saída do Maracanã, o mar de gente de um lado para o outro lembrava os velhos tempos. Há anos, um jogo nosso não tinha 50 mil pessoas. Merecemos 70. Parabéns aos que participaram dessa empreitada. Chateado, mas sem desespero, o Flu segue seu caminho com régua e compasso – terminou a rodada em quinto, a turma da frente tem um ponto a mais, cedo demais para faniquitos. Virá o Fla-Flu. É nosso caminho.
Panorama Tricolor
@PanoramaTri @pauloandel
Nota: na próxima quinta-feira, 19 horas, com todo o rigor literário que a causa exige, será lançado o livro “Romerito: tricolor de corazón”. Craques alinhados: além do próprio Romero, os heróis Dhaniel Cohen e Heitor D’Alincourt assinam a autoria. Presença obrigatória de todo tricolor antenado com as grandes letras de Alvaro Chaves. Assunto de Estado Maior.
Como é bom ver a torcida do Flusão lotar o maracanã, o importante é que o Fluminense continue nesse caminho que é pressionar o adversário rumo a vitória, infelizmente não aconteceu nesse jogo, porém nesse caminho virá muitas vitórias, a imprensa nada mencionou sobre o papel bonito da nossa torcida, está claro que nós somos os patinhos feios desse campeonato, por isso é muito importante a torcida abraçar o time. Obs. a lamentar as não substituições de nosso treinador durante a partida!
Caro Andel,
A preocupação fica apenas pelo fato do Cristóvão não ter mexido na equipe. Não ter ousado…
Não confia nos reservas? Não sabia como mudar?
Jogamos melhor, fato. Mas tivemos poucas oportunidades dado o volume de jogo..
Carlinhos e Bruno estavam muito mal, e Walter por Sobis não muda muita coisa..
O caminho está certo, e essa derrota pode nos ensinar muito. Que a diretoria proteja Cristóvão. Grupo e torcida estão muito difíceis de administrar..
O importante é continuar…