O meio de campo do Fluminense tem sido uma das principais virtudes da equipe desde a chegada de Fernando Diniz. Com os pilares André, perfeito na marcação e na construção de jogo, e Ganso, líder técnico da equipe e principal organizador, o time vem conseguindo dominar partidas e ditar o ritmo do jogo. Outros jogadores participaram desse processo. Um dos principais foi Nonato, meia que fez grande dupla com André no começo da passagem de Diniz. Após a saída do então camisa 8, Martinelli assumiu bem a função e, apesar de alguns erros, tem o status de titular, pelo menos por enquanto.
Essa dúvida é criada, em grande parte, pela ascensão de Alexsander. O garoto de Xerém terminou bem o ano passado improvisado como lateral-esquerdo e vem se destacando na disputa do sul-americano sub-20 como volante. A ideia de uma dupla André-Alexsander é muito interessante pois traria grande qualidade técnica e intensidade, dando liberdade para Ganso atuar como o organizador que é. Isso daria espaço para a entrada de Keno no time titular, algo que parece questão de tempo pela qualidade do jogador, reformando o trio de ataque com Arias e Cano, que já teve Luiz Henrique e Matheus Martins como a terceira peça.
Assim, ainda há grandes opções no banco. Martinelli pode cumprir tanto a função de André quanto a de Alexsander, Yago e Lima são atletas que podem dar outra dinâmica ao jogo com mais fôlego e luta e Giovanni, grata surpresa até aqui, pode dar tempo de descanso a Ganso, apesar de não cumprir exatamente o mesmo papel, por ter grande qualidade com a bola nos pés.
Fato é que, poder escrever uma coluna com mais de seis nomes viáveis para compor o meio de campo, sem citar nenhum nome que destruiria o time se entrasse é um grande avanço e mostra a melhora na profundidade do elenco tricolor na atual temporada. Que Diniz saiba usar bem os atletas que tem, e sem Felipe Melo, por favor.