Da euforia à debilidade em poucos dias. O Fluminense campeão da Primeira Liga não entrou em campo para a semifinal. Contra o Botafogo, a torcida reencontrou aquele time do Eduardo Baptista, do Enderson e do Drubscky: defensivo e lento.
O Fluminense de Levir Culpi não jogou. Deu sinal apenas no início do segundo tempo, mas só até sofrer o gol do limitado adversário. Depois, perdido e sem criatividade, meramente alçando bolas na área. Foi um time morto, mortinho, que sequer conseguiu criar uma chance de gol no final da peleja, com um a mais e cinco minutos de acréscimo.
De onde vem essa maldição que golpeia facilmente o Tricolor? De quem veio a estúpida ideia de jogar no contra-ataque, de recuar? De baixar a marcação, colando o meio-campo à frente da zaga, atrasando o meia-atacante (Scarpa) e o atacante de velocidade (Osvaldo)? De isolar ou anular o ataque apenas com Fred? Não existe ataque assim. Sequer existe contra-ataque assim.
O Fluminense não pode, por falta de encaixe, escolher essa maldita proposta de jogo. O recuo tem que ser eventual, dependendo da circunstância, por um momento do jogo. Desde o início, ele precisa ser o time com marcação alta, postado a partir de sua intermediária defensiva. Abrir um buraco de, sei lá, uns 50 metros, entre o meio e o ataque, sem atacantes rápidos na frente, é escolher ser dominado, golpeado.
Logo agora que a torcida estava confiante, a dúvida retorna presente: qual Fluminense teremos para o Brasileirão e para a Copa do Brasil? Como não dar mais sopa ao azar ou para essa maldição de postura de jogo que deixa o time engessado, estático, sem ímpeto, sem atacar o adversário?
Até a estreia no Brasileirão, dia 15 de maio, diante do América-MG, é urgente conseguir, no mínimo, quatro coisas: um lateral-esquerdo bom na marcação, um meia-atacante ágil, um outro atacante de velocidade – só temos Osvaldo – e, principalmente, nunca mais abdicar de atacar o adversário!
Fala com Levir, Marília! (risos).
Toques Rápidos
– Preferia o Caio Martins. A torcida do Fluminense em Niterói é chapa quente! Mas o acordo por Edson Passos não foi ruim, só falta ficar de bom tamanho. Que as obras sejam realizadas com responsabilidade para que possam liberar os 15 mil lugares necessários, com segurança ao torcedor.
– Bola dentro do Cícero, lembrando-se do capitão Fred, ao receber a Taça na premiação.
– Gustavo Scarpa ganhou o prêmio de melhor jogador da Liga. Ele é o mais produtivo e participativo jogador do time, por isso, muito merecido!
Ainda sobre ele, o nosso camisa 40 (que número ridículo para futebol) comentou sobre a briga no vestiário, que teve a intervenção de Levir, fazendo Fred se aborrecer e se oferecer a outros clubes: “Estou no profissional desde 2014. Posso dizer que (a reação do Fred) foi fora do tom”.
É… cada vez mais fica claro que o time precisava demais de um Levir.
– E que prevaleça o Fluminense. Com alma.
Abraços,
Panorama Tricolor
@Panoramatri @CrysBrunoFlu
Imagem: CB / PRA
Disse tudo Crys.
ST
Ei, Gaia, obrigada pela presença de sempre.
ST!