Tricolores de sangue grená, o futebol é muito ingrato. O Fluminense era o time que criava inúmeras chances de gol e as perdia, pra tomar um gol numa bola vadia em algum momento da partida e sair derrotado de campo. Aconteceu exatamente isso contra o Avaí, em mais uma atuação primorosa do VAR – contra nós, é claro. Curiosamente, quando o time esteve mal, abaixo do que se espera dele, num jogo fora de casa, com a torcida contra, tomando sufoco em vários momentos e contando com a atuação exuberante de seu goleiro… pimba! A bola vadia veio a nosso favor no final da partida, garantindo-nos a vitória. Dessa vez, nem o VAR pôde nos tirar os três pontos, ainda que tenha tentado, anulando o segundo gol de João Pedro, que estava em condição legal. Que esse golzinho não nos faça falta para o saldo mais à frente. Quando o Flu mereceu ganhar, muitas vezes perdeu. Neste sábado, não merecia vencer e saiu com a vitória. Como explicar isso?
A (dura) realidade é que estamos jogando um campeonato de exceção. Já perdemos pelo menos 10 pontos para a arbitragem (por baixo) e somos sacaneados praticamente todo jogo. Qualquer equipe com esse peso em suas costas estaria patinando como estamos, mesmo perdendo um caminhão de gols, mesmo tendo um técnico que, durante muito tempo, não conseguiu acertar a defesa, mesmo tendo um presidente que não faz a defesa institucional como deveria. Existe uma má vontade latente para com o Fluminense em todas as esferas, seja nas quatro linhas, nas redações jornalísticas e até mesmo na mídia alternativa. O burburinho ignóbil do “Pague a Série B”, iniciado pela fidalguia babaca no caso Usuriaga em 1996, toma conta do Brasil e vemos novamente todos babando pela nossa queda. Ninguém liga para o uso corretíssimo do VAR (e uma eventual cegueira aqui e ali do mesmo) a favor de uma certa equipe em todas as oportunidades, equipe essa que é o nosso oposto, ajudada com benesses e montanhas de dinheiro. E ainda querem me dizer que há equilíbrio no futebol brasileiro.
O cenário, mesmo após a ótima vitória contra o Fortaleza, ainda é bastante preocupante. Contra o Avaí, nos esborrachamos no chão de terra batida. No Castelão, conseguimos pelo menos nos pôr de pé e iniciar uma longa e tortuosa procissão para evitar o que muitos estão querendo. Já vejo tricolores entregando os pontos, dizendo que estamos rebaixados. Sei que 2009 não vai se repetir, mas naquele ano tínhamos 22 pontos em 28 partidas e não caímos. Hoje temos 15 pontos em 17 jogos. Vamos com calma, sim? Se você não acredita, pare de se torturar. Vá ao cinema, à praia, tomar um chope… esqueça o Fluminense. Caso contrário, é pra acreditar, sim. É pra comparecer aos jogos em que for possível e empurrar a equipe. Nesta terça-feira, vamos encarar o Palmeiras pela 16ª rodada (em vez da 19ª), pois esta partida foi adiada. Depois, encerramos o turno contra o Corinthians em Brasília, num jogo em que vendemos o mando de campo. O Palmeiras acabou de trocar de treinador e suou pra bater o fraco Goiás. O Corinthians, que já vimos que não é essa coca-cola toda, empatou em casa com o Ceará. Dá pra buscar bons resultados, sim. Acredito em quatro pontos, pelo menos, nessas duas partidas.
Oswaldo terá a volta de Allan e, espero, escalará o time com a formação que já deveria ter entrado em campo em algum momento: Muriel, Gilberto (já que barrou o Julião), Nino, Digão (já que o Frazan não recebeu chances) e Caio Henrique (não temos outro); Yuri, Allan, Ganso e Nenê; Yoni (ou W. Nem) e João Pedro. Dois volantes é o que precisamos para termos uma maior consistência, mas não pode ser o Airton. Ele está mais gordo do que eu e isso é visível. Yuri faz bem a função de primeiro volante e o Allan dá qualidade para a saída de bola, sendo um segundo volante tal qual o Arouca ou o Jean já foram. Ganso precisa ser o 10 clássico. Ele é meia de ligação e já foi sacrificado demais como segundo volante. Sendo o meia-atacante que é, Nenê pode tabelar com Ganso ou se infiltrar em uma das pontas quando necessário, simulando o esquema com três atacantes que já nos acostumamos a ver. Para mim, essa formação é a mais equilibrada com as peças que temos e tem tudo para dar certo. Parando de perder gols e resolvendo a questão do VAR, teremos um caminho. Vamos trilhá-lo e sair dessa.
Curtas:
– Muriel fechou o gol contra o Fortaleza, garantindo a nossa vitória. Não fossem as defesas monumentais no primeiro tempo principalmente, inevitavelmente sairíamos de campo derrotados. O placar muitas vezes é mentiroso sobre o que foi o jogo e, como dizia o Muricy, a bola pune. Quem não faz, leva. Dessa vez, pelo menos, o ditado veio a nosso favor. Que continue assim.
– Não se coloca em campo Wellington Paulista, Romarinho e Osvaldo ao mesmo tempo impunemente, Zé Ricardo. Muito obrigado.
– Mário, você é presidente do Fluminense Football Club. Já deveria saber que não se fala de fórmula de rebaixamento, nem pra fazer um comentário, em entrevista coletiva. A mídia vai aproveitar qualquer coisa que você diga e vai distorcê-la para minar nossa imagem. Em boca fechada não entra mosca!
– Palpite para o próximo compromisso: Palmeiras 1 x 1 Fluminense.
Panorama Tricolor
@PanoramaTri
#credibilidade
Perfeito. O cenário é exatamente esse.
Incrível como o VAR se esforça sempre….contra o Fluminense. Há um silêncio sobre o tema.
Eu discordo. O clube precisa deixar público essa vergonha. Erros acontecem mas existe um clube que, estranhamente, nunca é prejudicado pelo VAR…
Quanto a formação: Yuri é fraco mas é o que temos para jogar com o excelente Allan (meio time). Julião não tem vaga nem em pelada de condomínio. O comunista é fraco, ingênuo, não apoia, não defende.
E a última: A…
Cariri,
A questão de perder gols realmente nos atrapalha, mas o VAR também tem sido uma pedra no nosso sapato. Por vezes, quando acertamos o gol, o mesmo fora mal anulado. Isso tem que ser resolvido também. ST!
Hola Tricolores,
Por duas vezes citado no texto e única fórmula para barrar essa má vontade de todos contra o FLU: parar de perder gols feitos. Se essa deficiência for superada estaremos próximos de alcançarmos as vitórias.
ST