O Santos, nos últimos anos, seja da forma que fosse, desfalcado ou com o time completo, vinha sendo sempre um time enjoado de se bater. Tanto é assim que o time do litoral paulista ainda não tinha sido vítima do artilheiro Fred. Isso mesmo: o Peixe era o único time – dentre os dezenove adversários neste campeonato – em que o camisa nove do Fluminense ainda não tinha estufado a rede. Até ontem.
O time do Fluminense entrou no 4-2-3-1 de sempre, só que agora com a linha de três formada por Gerson, Wagner e Marco Junior. E com um homem de velocidade nesta linha o esquema melhora. Uma outra mudança ontem é que o Fluminense marcou mais adiantado e pressionou mais a saída de bola do adversário. E isso é bom. Porém, apesar disso, o time criou poucas jogadas de gol. Em verdade duas finalizações em todo o primeiro tempo. Uma com Jean, batendo uma falta forte da intermediária e a outra, o gol.
O primeiro nasceu de um lançamento do Antonio Carlos para o Gerson, que matou no peito na linha de fundo dentro da área e cruzou de esquerda para trás, para a cabeçada fulminante do Fred. Belo gol e Fred foi engraxar mais uma vez a chuteira do menino Gerson.
O Santos não ameaçava. Sem Robinho, o time terá muitas dificuldades no campeonato. Muitas.
No segundo tempo o panorama não se alterava até que veio um contra-ataque santista e a pane geral da defesa tricolor para o gol de Ricardo Oliveira. Um revés inesperado em um jogo inteiramente dominado pelo Flu.
Com o empate, Enderson, tirou Marco Junior e colocou Lucas Gomes. O time voltou a melhorar. Edson e Jean, dois leões no meio campo. Ouso dizer que hoje é a melhor dupla de volantes em clubes brasileiros.
E veio o inacreditável. Wellington Silva roubou uma bola no meio-campo, avançou pela direita até entrar na área e cruzou rasteiro para Fred perder um gol incrível, sem goleiro. A bola foi no travessão, enquanto a galera gritava gol sem ter sido.
Enderson fez a segunda substituição, tirando o garoto Gerson e colocando o também garoto Gustavo Scarpa. O moleque fez a jogada do segundo gol cruzando na cabeça de Lucas Gomes, que só escorou. Nesse momento Enderson ia tirar Wagner e colocar Magno Alves, mas, com o gol, mudou a substituição e colocou Pierre para a contenção.
Deu certo. Ainda sofremos um ou outro ataque no final, mas seguramos a vitória maiúscula que fez saltarmos da quarta para a terceira colocação, a apenas dois pontos do Sport.
Este começo de campeonato está melhor do que esperávamos. Enderson encaixou o esquema e o time tem sido guerreiro demais.
Não há motivos para não sonharmos alto.
Afinal, a liderança é logo ali.
Panorama Tricolor
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