Há torcedores do Fluminense que se digladiam na internet para estabelecer uma verdade oficial a respeito do caráter de Conca. Ou esgoelam-se em cornetagens eletrônicas ao primeiro passe errado no primeiro jogo-treino. Este contra a Cabofriense às nove da manhã em um sábado de míseros 40 graus à sombra. Motivos justos e democráticos.
Os que não sentem bom cheiro na atual direção querem o fígado cru dos dirigentes em praça pública.
Os que acreditam no stablishment sentem aroma de lavanda até em algum flato descuidado.
O ódio estúpido muitas vezes prevalece a troco de nada, engessando o entendimento.
Enquanto isso, aos poucos, há os que lutam no subterrâneo por uma causa quase impossível: a do alinhamento do clube, ferido com suas inúmeras vertentes de vaidades pessoais, jogos de poder e outros interesses espalhados por todos os lados como se a Era Schwartz, tão bem vivida e feliz, não pudesse ser reeditada numa grande composição de forças tricolores em prol do bem comum – o Fluminense.
Os sites e blogs dão tudo de si, tentando amenizar um descompromisso histórico da grande imprensa para com as coisas das Laranjeiras. E conseguem.
No campo, com todos os problemas já sabidos e noticiados (com distorções ou não, conforme cada caso), o Fluminense batalha as expectativas de um 2015 de respeito, mesmo com a nova realidade econômica. Novos jogadores dispostos a um lugar ao sol e a repetição de um velho cenário: o desacreditado Tricolor em busca de pódios e títulos, de acordo com o desejo dos nossos fiéis torcedores.
Fora das quatro linhas e de Álvaro Chaves, as velhas gatunagens da Federação de Futebol, sempre amarrada a clientelismos e acordos vis. Episódios que mostram claramente onde estão aqueles que querem ver o Fluminense morto e enterrado.
As situações elencadas acima são sujeitas a análises pessoais, interpretações e vivências, o que nem sempre agrada aos donos da verdade encastelados em sacadas. No entanto, ao largo disso, um dos grandes acontecimentos do ano tricolor está visível nas redes sociais e precisa ser mais valorizado, pois tem tudo a ver com o momento e o futuro tricolores.
A torcida organizada Young Flu, aríete das nossas arquibancadas, tem trabalhado noite e dia para agregar, aproximar e cativar os torcedores. Seja através das diretrizes de padronização do vestuário de componentes e simpatizantes, seja na busca da união com todos os segmentos representativos da arquibancada (visando resgatar um dos maiores patrimônios do Fluminense), seja nas declarações de paz que são alinhadas com o seu compromisso firmado no já distante 1970 – e tomara que essa paz seja a definitiva palavra de ordem. Ou ainda no incentivo para que os torcedores de todas as classes e representações se aproximem do Flu – pelos jogos, pela associação ao clube, por um sentimento de que alguma coisa estava errada na nossa turma de sempre e ela precisava voltar a ser uma só (ainda que as grades não permitam a plena integração além do corredor), pelo diálogo e compreensão.
Leitores mais acentuados do Facebook ou do Twitter podem comprovar in loco.
O PANORAMA sempre teve apreço às torcidas organizadas do Fluminense, mantendo o cuidado de não misturar os problemas decorridos de ações individuais com a representatividade das instituições – e apreço, ressalte-se, não significa de forma alguma chancela a todos os atos de quaiquer naturezas, especialmente as políticas. Graças a elas, o Tricolor foi respeitado e admirado Brasil afora e também no exterior: a imagem das arquibancadas é, talvez, uma das melhores peças de marketing que se possa fazer de um grande time. Aqui, desejamos de coração que todos os esforços anunciados pela TO sejam totalmente concretizados.
Diante do mar de incertezas e esperanças que os torcedores hoje vivem, da Young Flu vem uma lição que serve para amparar tudo o que pensamos de bom para o time dos nossos corações.
A lição de que estamos todos no mesmo barco e somos todos tricolores.
Precisamos de união e não de divisionismo. Abraços, diálogo e a vaidade no lixo. A vaidade só encanta os medíocres, não é o caso das nossas cores.
Para um Fluminense cada vez mais forte, é preciso haver uma torcida também forte, unida, compromissada, envolvida com muito mais do que a felicidade de se ver o time em campo, mas também por participar das defesas institucionais, da ação política, da construção de um clube, uma trajetória.
Há problemas e problemas, mas nenhum deles é maior do que a capacidade tricolor de subverter desafios. Lançado à vista, o da aproximação dos tricolores de vez, muitos importantes e ressentidos com o passado que não cabe mais. Urge a reconstrução de todo um cenário. Longe de varrer a sujeira para debaixo do tapete, mas sim de valorizar e promover a limpeza.
O divisionismo é a vitória do atraso, alimentado que é pelos medíocres. A empáfia é o câncer da soberania. A proposta da Young Flu vai na direção oposta: junção, ligação, reunião. Grupo. Que assim seja e se mantenha duradoura.
Como é dito popularmente, YF veste branco. Vai dar multidão e repercussão. Quem veste outra cor, abraça, fica junto e respeita. Vai chegando a playboyzada. Em se tratando de vanguarda, nenhuma novidade: os mais velhos conhecem o mar branco de longe.
Tricolores respeitando e convivendo com tricolores em prol de um bem comum. O maior dos bens. Todos sabem do que se trata: o Fluminense. Estamos todos no mesmo barco. Vamos navegar os oceanos?
Panorama Tricolor
@PanoramaTri
Foto: Facebook – Young Flu
#SejasóciodoFlu
Bom tarde,Marcus!
Penso que se nos fracionamos só acabamos dando margem aqueles que vivem a querer um Fluminense enfraquecido.Críticas,divergências de ideias são importantese necessárias para o crescimento e avanço de pessoas,grupos e instituições.A hora é de união de clube,torcida e jogadores,juntos somos muito mais fortes e grandes.
Abs e Saudações Tricolores!