Amigos, amigas, a jornada do Fluminense no mês de agosto teve início na noite de quinta, com derrota de 3 a 2 para o Juventude, num jogo cheio de curiosidades e até uma boa notícia.
Começando pela boa notícia. Nonato, contrariando as expectativas, voltou em ótima forma, sendo o responsável por grande jogada e assistência no primeiro gol tricolor, além de uma partida alvissareira.
Quanto às curiosidades, é o tipo do jogo cheio de nuances, que vale a pena analisar, mas serei breve, uma vez que não é esse o tema central a ser abordado.
Há quem possa dizer que o Fluminense saiu ganhando no primeiro tempo e o Juventude no segundo. É a análise mais óbvia, ainda que legítima, mas há controvérsias.
O fato é que o Juventude ofereceu, na primeira etapa, todas as condições para que o Fluminense liquidasse a disputa em 45 minutos. Além da dificuldade de transpor nossas linhas de forma eficaz, cansou de nos devolver a bola em uma faixa perigosa do campo.
Ali estava Marcelo, que protagonizou a movimentação de um verdadeiro camisa 10, sempre buscando os espaços vazios para organizar as jogadas ofensivas. O problema é que Marcelo acabou se tornando a principal arma defensiva do Juventude, matando todos os contragolpes com alto potencial de conversão em gols com decisões e passes errados.
Unisse movimentação e posicionamento com decisões corretas e acerto nos passes, a casa do Juventude poderia ter caído em míseros 45 minutos.
Ironicamente, Marcelo foi substituído no intervalo, assim como Nonato, lesionado. Felipe Andrade, que substituiu Nonato, não tem as mesmas características ofensivas. Se Mano coloca Ganso no lugar de Marcelo, isso faria todo sentido, mas o sorteado foi Keno, mudando totalmente a configuração do time, que se perdeu em campo.
Curiosamente, Keno foi nossa mais perigosa arma ofensiva na segunda etapa, quase que destoando do resto do time. Lima, que teve que ocupar a função antes exercida por Marcelo, não tem o menor cacoete para isso, restando morto nosso meio de campo.
Se quem saiu ganhando na primeira etapa foi o Juventude, o perdedor, na segunda não foi diferente. Tendo sofrido três gols e perdido o jogo, o Fluminense foi o maior beneficiado na segunda etapa, porque, graças ao gol de Thiago Santos no final, evitou levar para o Rio um placar bem complicado de se inverter.
E assim começou a trajetória do Fluminense no mês de agosto. Que tem a seguinte sequência, a partir deste domingo:
04/08 – Fluminense x Bahia – Campeonato Brasileiro
07/08 – Fluminense x Juventude – Copa do Brasil
10/08 – Vasco x Fluminense – Campeonato Brasileiro
13/08 – Grêmio x Fluminense – Copa Libertadores
17/08 – Fluminense x Corinthians – Campeonato Brasileiro
20/08 – Fluminense x Grêmio – Copa Libertadores
24/08 – Atlético MG x Fluminense – Campeonato Brasileiro
Quais são nossos objetivos nessa jornada?
Acredito que todos concordarão comigo que os objetivos são: passar de fase na Copa do Brasil, passar de fase na Libertadores e terminar agosto fora da zona de rebaixamento.
Nosso desempenho recente e as condições ora postas indicam que tudo isso é plenamente possível.
Começando pelas Copas, o Fluminense, jogando com força máxima, pode tranquilamente vencer por dois ou mais gols de diferença na próxima quarta-feira.
Com relação ao Grêmio, até a vantagem de jogarmos a partida de volta no Maracanã é indicador do nosso favoritismo, embora isso não signifique fato consumado, muito pelo contrário.
Tudo leva a crer, em se tratando de Campeonato Brasileiro, que vencer as duas partidas em casa será suficiente, chegando aos 23 pontos, para nos tirar do Z-4. Razão pela qual o jogo de domingo contra o Bahia é vital para nossas pretensões. Até porque pode significar o Fluminense já escapando da zona da degola logo no início da jornada.
Teremos que mandar um time reserva no próximo final de semana para o Engenhão, mas é só esse jogo. Com um misto bem ajustado dá para vencer essa partida, porque o Vasco está longe de ser um adversário que assuste alguém.
Contra o Galo, talvez seja a ocasião de levar a força máxima, já que, a princípio, não há jogo marcado para o meio da semana de 24 a 31 de agosto. Mesmo que venha a haver, é importante observar que até lá já teremos uma noção muito clara do que precisaremos para deixar o Z-4 para trás. Sendo que no dia 1 de setembro enfrentaremos o São Paulo no Maracanã.
Se formos analisar friamente, é uma conjuntura que nós é amplamente favorável.
Exceto o Atlético MG, enfrentaremos adversários com recursos bem inferiores aos nossos, assim como só precisaremos poupar os titulares em uma partida.
Caso o Fluminense reproduza nas quatro linhas a sua conduta recente, temos tudo para conquistar todos os objetivos nesse formidável mês de agosto.
Saudações Tricolores!