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Ao que tudo indica, o Fluminense deve contratar o lateral esquerdo Diogo Barbosa, reserva do Grêmio, para reforçar a equipe.

É no mínimo estranho que o clube priorize essa negociação.

Há anos e anos o Flu vem sofrendo na posição.

Podemos falar de uma longa linhagem que passa pelos nomes de Giovanni, Guilherme Alves, William Matheus, Orinho, Danilo Barcelos, Egídio, Jorge e outros menos votados. Todos jogadores dos empresários íntimos das gestões tricolores. Marlon, superior a boa parte da turma desse parágrafo, virou moeda de troca.

[O negócio é tão apavorante que, uma hora depois da publicação desta coluna, o Victer me alertou de que eu tinha omitido os inacreditáveis Pineida e Crisdassilva Champions. Só que não foi omissão: eu esqueci mesmo. Aquele bloqueio que a vítima tem de seus algozes. Quem viu os dois em campo sabe do trauma que foi. Senhor!

O caso de Marcelo é excepcional. O jogador veio para ser titular na posição que quisesse. E sua própria condição física o levará a um número de partidas mais restrito.

Em contrapartida, o Fluminense não aproveitou diversos juniores de Xerém para a posição. A maioria não foi sequer testada para que se soubesse com quem se poderia contar. Chegou a ponto das improvisações prevalecerem, como nos casos de Caio Henrique, Calegari, Yago Felipe, Alexsander, Guga e agora Pirani. A única tentativa que deu certo foi a de Caio Henrique anos atrás, por uma temporada.

Ao contrário do que se pensa, as divisões de base não são apenas para formar super craques, mas também jogadores médios que possam compor o elenco e até brigar pela titularidade. Mas não é o caso do Flu, que “prefere” torrar o dinheiro que não tem para preencher a vaga com nomes duvidosos, desprezando suas revelações. Mais uma vez: é uma situação muito estranha, carente de lógica administrativa.

Os bastidores dão conta de que Diogo Barbosa recebe salário de 450 mil reais no Grêmio.

Dias atrás, o presidente do clube e seu treinador declararam que o Fluminense teria que ser certeiro nas contratações, uma vez que o dinheiro está curto. Ora, que surpresa!

Será possível alguém imaginar em sã consciência que o Fluminense seja incapaz de formar um único jogador, um único que seja, para a lateral esquerda?

Esquerdinha acabou de subir. Jetfé nunca teve as devidas oportunidades, assim como Marcos Pedro.

Diogo Barbosa é caro para o que pode oferecer ao clube, dado seu histórico de carreira. Uma solução caseira teria no mínimo o mesmo efeito. Se vier, terá a torcida de todos, mas a desconfiança está naturalmente no ar.

Afinal, quem efetivamente ganha com isso? O time não é, nem a torcida.

Não se trata de satanização do jogador, mas apenas uma questão de razoabilidade.

Que diabos de jogada ensaiada é essa que prejudica o Fluminense em campo e na conta bancária?

A conferir os próximos capítulos.