A injustiça com Matheus Ferraz (por Paulo-Roberto Andel)

O futebol dá voltas e voltas, algumas muito felizes, outras muito injustas.

Contratado ao América Mineiro no fim do ano passado, Matheus Ferraz chegou ao Fluminense debaixo de justificada desconfiança: já veterano, vindo de um time rebaixado, com uma carreira praticamente toda feita em times mais modestos, não parecia ser o nome indicado para substituir Gum, ídolo da torcida tricolor.

Ledo engano.

Em pouco tempo, tornou-se o melhor e mais regular jogador do Fluminense em 2019. Discreto, elegante, com enorme tempo de bola e antecipação, toque refinado, passes seguros e gols, o zagueiro esmagou a desconfiança e virou peça fundamental no esquema de Fernando Diniz.

Um grande semestre, até que a grave contusão no joelho o abate em pleno voo. Está fora do resto da temporada. Será um tremendo desfalque.

Tomara que consiga a plena recuperação e que volte a tempo de realizar grandes jogos pelo Fluminense. Ainda há tempo e não se deve duvidar de sua utilidade para duas ou três temporadas – tomara. Que a cirurgia e o tratamento sejam coroados de êxito.

A lamentar, a tremenda injustiça que o destino pregou no jogador. Tremenda.

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Sobre Luciano, se não quis ficar, um abraço. É do jogo, a vida segue.

Cada um sabe de seus versos.

Henrique Dourado, por exemplo, poderia ter sido idolatrado, mas preferiu a obscuridade, ainda que milionária.

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Que a nova gestão do Fluminense tenha serenidade, maturidade e capacidade de ação, qualidades raras nos últimos anos. E sorte, porque vai precisar muito.

A festa da eleição já acabou e vai ser preciso muito trabalho para tirar o Flu da terrível penúria financeira em que se encontra.

Ódios, xingamentos, vinganças e panfletagem fajuta são absolutamente inúteis a partir de agora, especialmente para quem passou de pedra a vidraça – mas não custa lembrar: não serão esquecidos. Ameaças a Diniz, idem. Bravatagem, idem. Para quem comanda, vale a pena não se deixar levar pelos bajuladores e interesseiros de plantão, sempre caçando boquinhas.

Ressalte-se que o novo presidente mostrou uma qualidade, ao chamar a torcida para o Maracanã nos jogos pós Copa América. Melhor do que a ladainha estúpida da turma do antecessor: “Ir é sua obrigação”, “Seja um soldado” e outras idiotices ufanistas que ajudam a explicar porque os tricolores andam tão ausentes do estádio.

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Diniz tem acertos e erros. É claro que precisa de resultados, todos precisam. Agora, mudá-lo à essa altura simplesmente por boleirice seria o primeiro passo para um péssimo segundo semestre, feito os de 2013 e 2015 que, por motivos óbvios, o novo comando tricolor não deve repetir de jeito nenhum.

Panorama Tricolor

@PanoramaTri @pauloandel

#credibilidade

2 Comments

  1. No momento a peça mais importante será a forma da nova antiga diretoria olhar é dar força à Diniz sistema tático que é adoráveis de ver é se precisamos Golar é que devemos articular os momentos finais na zona do agrião ou da rúcula como queiram talvez mais parecida com o esquema moderno Fernando Diniz,pois temos meninos sementes a dar bons frutos. Concordo contigo ,as comemorações devem acabar e vamos assistir aos treinos desta nova antiga diretoria e ver se treinam.Tricolorsmente.

  2. Bom dia, Andel. Realmente uma pena o que ocorreu com o Matheus Ferraz. Vi nele aquele 4º zagueiro clássico, tranquilo, seguro.Onde a boa colocação supera as falhas que todos tem. Bom astral que contagia a todos. Inclusive a nós torcedores. Por incrível que pareça, poderia acontecer no Fluminense. Aqui ele teria a mídia que , talvez, lhe tivesse faltado na carreira. Vamos torcer pelo restabelecimento e que a nova diretoria lhe ofereça um novo contrato. Agora, quanto ao Luciano, vale a comparação…

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