Não me causa surpresa o desempenho do Fluminense sob o comando de Fernando Diniz. O mesmo de sua primeira passagem pelo clube, ou seja: o time tricolor se sai bem em jogos que todos consideram complicados; e mal nos tidos como “menos difíceis”. Esse efeito gangorra se perpetua e torna difícil fazer com que a torcida possa confiar na equipe. Pelo menos sob o comando deste treinador.
Tive o desprazer de estar no Maracanã no último sábado. Quando Cano desperdiçou aquela chance incrível, pensei: mau sinal. A ridícula expulsão de David Braz – que perdeu para o atacante do Atlético-GO na corrida – me trouxe a certeza de que, se conseguíssemos segurar ao menos o empate, já estaria de bom tamanho. Contudo, no intenso futebol atual, ficar com um homem a menos tão cedo equivale a uma derrota em 99% dos casos.
No meu entender, o grande erro de Diniz no jogo foi a escolha do substituto de Ganso, que estava suspenso. Por que não iniciar com Nathan no meio-campo? Todas as vezes que o Willian Bigode foi colocado de início para fazer essa função, a coisa não deu certo. Exceção feita para o jogo contra o Oriente Petrolero – o tal que demos de dez.
Que teimosia do caralho! Além de tudo, essa opção impacta no rendimento do Arias, que muda de função, não consegue encostar em Germán Cano e alternar investidas pelas extremas com Luiz Henrique. Sem falar na insistência com Wellington quando André pode ser o primeiro volante e há Martinelli e Nonato para fazer dupla com ele.
O que esperar no próximo desafio do Fluminense, quarta-feira, contra o América-MG, no Horto? O time que amassou o Galo ou o que fez vexame diante do limitado rubro-negro goiano? Ganso volta, mas não teremos André e Arias. A vitória é muito importante para que o time não desgarre do pelotão da frente. Tomara que Diniz faça as escolhas certas. Mas quem seria capaz de apostar nisso?