Quando começamos este Campeonato Brasileiro, tudo indicava que seria um ano de bons frutos e pouco sofrimento.
A chegada do técnico Cristóvão Borges (que, na primeira rodada do Brasileirão, estava em sua terceira semana no clube), de fato sugeria que dias leves e frescos estavam por vir.
No início do primeiro turno, quando demos a pausa para a Copa do Mundo, tínhamos cinco vitórias, três derrotas (uma delas com direito a aplausos, contra o Vitória em casa) e um empate .
Dia 01/06, após o empate com o Internacional, estávamos na segunda posição do Campeonato.
Vivíamos o clima de Copa do Mundo cheios de motivos para falar com orgulho do nosso Fluminense para o mundo que veio nos visitar e, de quebra, tínhamos uma deliciosa notícia para os turistas de todo lugar: a de que o clube das cores vermelha e preta era o vice-lanterna do campeonato.
Eu mesma falei com orgulho para muitos gringos, que me viam com a camisa tricolor, quando vinham perguntar sobre a fase do meu clube no campeonato em relação ao rival emblemático. Dizia-lhes que éramos opostos até na tabela do Campeonato Brasileiro. O Fluzão era o segundo de cima e “eles”, os segundos de baixo da tabela.
A copa das copas passou, ficamos nós. Brasileiros, cariocas, tricolores e com um jogador que foi piada durante a copa, tendo que se encaixar no time.
Da volta do Campeonato até o fim do primeiro turno, foram mais quatro vitórias, três derrotas e três empates.
Fechamos o turno na quinta posição. Em que 12 dos 19 jogos, estivemos no G4.
Mal sabíamos a gangorra oscilante que nos aguardava a seguir.
Dos nove jogos do segundo turno, foram cinco empates, duas vitórias e duas derrotas, o que nos trouxe para a oitava posição com méritos de décimo sexto colocado, porque se contássemos o nosso desempenho no segundo turno, esta seria nossa posição na tabela. Passamos da briga pelo G4 em sua maioriapara nove rodadas fora dele.
Como explicar tamanha oscilação?
Alguns sonhadores, fora da realidade, acreditavam de forma esquizofrênica que o titulo poderia vir, com base nas duas vitórias que tivemos neste pífio segundo turno até aqui jogado.
Dentro da realidade, até umas rodadas atrás, acreditar que teríamos uma luta pelo G4 estaria de ótimo tamanho.
Entretanto, o que hoje nos espera, é contar os dias para que essas dez rodadas que restam passarem.
O pavor ainda latente de 2013 nos faz fazer contas para que não soframos o maldito ano que teima em persistir. Nós, os realistas, queremos só mais seis pontos nessas dez rodadas e que o campeonato acabe, por favor!
Que aconteça a renovação que está “gritando” na porta das Laranjeiras. Que se renovem os jogadores, que tenhamos um novo patrocínio e deixemos a mandante do clube de lado.
Nós amamos demais o nosso clube para assistir a esta gangorra ridícula no campeonato, com jogadores milionários que precisam nos libertar.
Queremos menos cifrões, mais raça, mais garra e mais sangue nos olhos dentro de campo.
Foi um grande primeiro turno, mas a ilusão acabou. Que venha 2015!
Panorama Tricolor
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