I
Kayky Almeida, zagueiro de 19 anos e com duas passagens na Seleção Brasileira, canhoto, 1,86m de altura, foi negociado pelo Fluminense com o Watford da Inglaterra há três semanas pelo valor de um milhão de euros (cerca de R$ 6 milhões) para contratar o jogador. O clube inglês adquiriu 80% dos direitos do jogador brasileiro.
Kayky disputou apenas uma partida pela equipe profissional do Fluminense, no Campeonato Carioca de 2024.
Como se sabe, o Fluminense é uma verdadeira indústria de jovens jogadores, em sua maioria negociados com pouco ou nenhum aproveitamento no time de cima, por valores sempre abaixo do esperado – André é exceção, não regra.
Em abril de 2023, o Fluminense estendeu o contrato de Kayky Almeida até o fim de 2027, com multa rescisória de 50 milhões de euros.
Um ano e três meses depois, o jogador foi negociado por 2% da multa em questão.
Não é preciso ser bacharel em Matemática para achar que algo está muito errado. Parte do Ensino Fundamental já dá conta de tal desconfiança. Ao negociar Kayky nos referidos moldes, o Fluminense desprezou 49/50 do valor inicial de repasse dos direitos federativos.
Mesmo que todas as metas de contrato fossem batidas, o que dificilmente acontece, o valor total chegaria a dois milhões de euros, o dobro do recebível mas apenas 2/50 do valor estipulado em contrato.
II
Após o empate com o Vasco, marcado pela desastrosa arbitragem de Anderson Daronco, o Venerável Presidente do Fluminense fez uma coletiva para protestar contra os erros do juiz fortão.
Uma pergunta feita pelo jornalista Cauã Tinoco, do canal Jornada 1902, justamente a respeito da negociação de Kayky, causou uma reação incisiva do Venerável, que se negou a respondê-la. Desde então, nenhum profissional da grande mídia esportiva carioca questionou o fato. Parte da imprensa segmentada tricolor fez e faz cobranças, todas ignoradas pelo outrora estagiário do clube que pensa ter chegado à posição de imperador do Fluminense.
É preciso reconhecer: a recusa do mandatário a uma simples resposta faz sentido quando analisada com a transparência das contas tricolores. Segue o mesmo padrão de desinformação.
III
Passadas algumas semanas, como o Flu tem um ritmo negocial à base de jet set, cedeu o atacante Crysthyan Lucas ao Internacional, que tinha contrato até dezembro de 2025 e multa de 50 milhões de euros. Neste caso, a negociação é ainda mais espetacular: supostamente o clube liberou o jogador sem custos, ficando com 40% de seus direitos federativos.
III
Agora, Agner: emprestado ao Palmeiras com preço fixado em um milhão de dólares por 50% dos direitos. Era uma promessa, não foi aproveitado em cima e perdeu a vaga de titular para Arthur, que “desceu” do principal e, claro, retrocedeu.
O Fluminense entendeu que poderia liberá-lo sem grande perda esportiva. Curioso é que o Palmeiras, multi campeão dos últimos anos, achou que Agner tem potencial de crescimento.
IV
São apenas três exemplos. Se o caso fosse registrar todas as negociações inusitadas da atual gestão tricolor, seria necessário um livro.
É evidente que o Fluminense negocia mal suas revelações. A troco de quê?
Pelo menos, a política de contratar jogadores perto dos 35 anos de idade ou mais, todos caros, parece ter sido paralisada quando o clube se afundou na lanterna do Brasileirão.
Claro, com uma dívida gigantesca e trazendo veteranos para posições que poderiam ser ocupadas por mais jovens, o Fluminense inflaciona tudo: sua folha salarial, as comissões, as comissões…
V
João Neto voltou.
Antes de comemorar, cabe uma pergunta: até quando?
VI
O Febeapá tricolor nas redes sociais é permanente. Chega a constranger quem acredita que a massa tricolor é composta majoritariamente pelo bom senso, pela lucidez e senso crítico.
Vejamos o caso de Rinoncentino.
Tricolor de coração, feliz com o superávit do Fluminense – que só é reconhecido nas montanhas Lolypop -, o bardo abre seu coração a respeito da negociação de Agner:
“Até parece que todo jogador de Xerém vai virar craque no futuro. Um jogador que nem é titular do Sub-20”.
Rinoncentino parece desprezar alguns pontos essenciais.
Primeiro, o mercado aquecido do futebol mundial é composto em sua maioria por jogadores medianos – alguns, se muito. Um clube extremamente endividado como o Fluminense deveria valorizar mais suas transações, até para realmente reduzir seu déficit de forma significativa.
Nem sempre um jovem jogador se firma de imediato. André, hoje ídolo negociado de forma milionária e jogador de Seleção, sequer era volante no começo. Quase foi enxotado para Botafogo e CRB. O que salvou sua carreira foi a contusão do insosso Hudson, com quem o Fluminense renovou contrato por uma “dívida de gratidão”, recebendo em troca uma ação na Justiça (sério? mais uma? é impressionante…) e deboches contra a torcida tricolor no Twitter.
Por fim, como o futebol é profissional, fica claro que qualquer jogador, mediano ou não, deve render ao clube o seu exato valor e não 2, 3 ou 4% do estipulado em contrato.
É apenas uma questão de Matemática do Ensino Fundamental.
A CHAGA DE UM ELENCO PESSIMAMENTE MONTADO A DENOTAR O DESLEIXO E A UM SÓ TEMPO A INCÚRIA ASSOCIADA À SUSPEITA DO USO DOLOSO DE UM DINHEIRO QUE NÃO SE SABE QUANTO REPRESENTARA NAS TAIS PARTIDAS DOBRADAS DA CONTABILIDADE ENTRADAS E SAÍDAS MANTIDAS SOB A SOMBRA DE UM BALANÇO MAQUIADO IMPONHAM AO FLUMINENSE MANTER ESSE MESMO ELENCO A PERSEGUIR COM A URGENCIA VERTIGINOSA DAQUELES QUE FURTAM SAIR DESSE LIMBO CAÓTICA SITUAÇÃO ONDE EMPATAR É A CADA JOGO VISLUMBRAR O DESCENSO À SERIE B MARATONA CUJA UNICA RECOMPENSA É RETORNAR APÓS UM ANO PERDIDO E MAIS DESVALIDO E DESGRAÇADO À SÉRIE A..MARTIRIZANTE CALAMIDADE E RUÍNA..E AO FLUMINENSE QUE ABRA OS OLHOS DADO QUE OS QUE BUSCAM AFASTAR – SE DA DEGOLA DO DESCENSO À SERIE B OUTROSSIM GANHAM E JÁ NEM MAIS EMPATAM E A CONFERIR O DESENLACE DESSA SITUAÇÃO CONSTRANGEDORA…