Atlético-MG 0 x 2 Fluminense (por Marcelo Savioli)

Amigos, amigas, o Fluminense viveu neste sábado uma noite especial. Não houve qualquer momento no jogo de hoje que pudesse sugerir outro desfecho que não fosse a vitória tricolor.

Por mais que torcêssemos o nariz para a escalação de uma zaga com Thiago Silva e Felipe Melo, com Thiago Santos atuando como lateral esquerdo, função na qual se saiu muito bem, sobretudo no aspecto defensivo.

O fato é que, no jogo deste sábado, o Fluminense demonstrou solidez em todas as fases de jogo, com Arias, mais uma vez, se destacando. Deveria, se o mundo do futebol refletisse a realidade do planeta, ser indicado como candidato a melhor do mundo em 2024, a exemplo do que deveria ter acontecido com Dario Conca em 2010.

Aliás, a relação do Fluminense com jogadores estrangeiros deveria ser estudada. Porque a vitória sobre o Galo começou com grande jogada do peruano colombiano Serna, cujo gol nasceu da jogada padrão do Fluminense. Bola roubada na pressão no meio de campo, arranque e um contra um. Foram assim, aliás, os nossos dois gols. O segundo, de Arias, teve o mesmo mecanismo. E poderia ter sido de mais.

O Atlético, compreensivelmente, sem chances de título no Brasileiro, mas vivo na briga por Copa do Brasil e Libertadores, atuou com time alternativo, o que, em tese, poderia reduzir o mérito da vitória tricolor em Belo Horizonte. Só que a atuação do Fluminense soterrou essa possível tese. Porque o Fluminense foi superior durante 90 minutos, criou oportunidades de gols em profusão e o 2 a 0 até que saiu barato para o Galo.

A chance de terminarmos a rodada fora da zona de rebaixamento é gigantesca. Não devemos, porém, nos esquecer dos desatinos que nos trouxeram até aqui, para que eles não se repitam.

André, Arias e Serna foram desproporcionais no Mineirão. Martinelli e Ganso esbanjaram generosidade ao preferirem a dedicação tática. Thiago Santos merece reverência, Felipe Melo foi bem e Thiago Silva foi aquela coisa de sempre: monstro.

Destaque para Kauã Elias, o centroavante que vira armador quando necessário. É impressionante a maturidade e inteligência desse moleque, que nasceu para ser grande.

Eu tenho certeza de que cada tricolor está sentindo o mesmo que eu. Dormiremos sentindo uma coisa chamada “felicidade”, mas devemos acordar pensando em “vigilância”.

Saudações Tricolores!