Adeus, Mickey (por Jocemar Barros)

O ano era 1970 e eu, aos 10 anos de idade, já havia assistido ao Fluminense algumas vezes no Maracanã. Já tinha alguns ídolos como Félix, Galhardo, Denilson, Cafuringa, Didi, Samarone, Flávio e Lula.

Na final da Taça de Prata – Torneio Roberto Gomes Pedroza, o Campeonato Brasileiro da época – um novo herói surgiu: o substituto de Flávio. Mickey, o artilheiro que comemorava os gols correndo com os braços estendidos e trazendo nas mãos o símbolo hippie da época: “Paz e Amor”.

Mickey conquistou a torcida rapidamente marcando os gols decisivos no quadrangular final, nas vitórias por 1 a 0, contra os “favoritos” da imprensa, Palmeiras e Cruzeiro, e no empate decisivo em 1 a 1, contra o Atlético Mineiro.

Na Taça de Prata, foi a minha primeira decisão, meu primeiro título no Maraca, meu primeiro herói. Comemorei o gol e soltei o meu primeiro grito de campeão no colo de meu pai.

Adeus e muito obrigado, Mickey!

1 Comments

  1. Muito bom, e apropriado para esse dia.
    Jocemar. O homem da memória tricolor….

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