Fred Guedes, consagrado como ídolo do Fluminense durante sua carreira como jogador, enfrentou um novo desafio desde que assumiu uma posição na diretoria do clube. Conhecido por sua habilidade em campo e liderança, Fred conquistou o respeito e a admiração da torcida tricolor ao longo de sua trajetória como atleta. No entanto, sua transição para a função de dirigente foi marcada por expectativas altas e, ao mesmo tempo, críticas por parte da torcida. Fred pediu desligamento do Clube por motivos de força pessoal, ao menos por enquanto.

Como jogador, Fred foi protagonista em momentos decisivos, levando o Fluminense a conquistas históricas, como os títulos do Campeonato Brasileiro em 2010 e 2012. Sua capacidade de decidir jogos importantes e seu carisma fizeram dele um ícone do clube.
Sua relação com a torcida era quase perfeita; ele era visto como o “cara” que sempre entregava quando mais era necessário, alguém que personificava a raça e a paixão que o torcedor espera de quem veste a camisa tricolor.

Além disso, quantas reportagens foram feitas sobre suas interações com “pessoas comuns”, como chamamos? Quanta atenção ele dispensava aos mais variados perfis de torcedores? Ele era o “cara” mesmo.

Porém, ao assumir um papel na diretoria do Fluminense, Fred passou a lidar com uma realidade diferente. A pressão da torcida agora vem acompanhada de cobranças mais complexas, que envolvem a gestão do clube, contratações, planejamento estratégico e resultados fora de campo. Neste novo cenário, as críticas começaram a surgir.

Parte da torcida questiona, com razão, sua experiência como dirigente, apontando para algumas decisões administrativas que não tiveram o resultado esperado. Se é que as decisões foram realmente dele, já que no fundo nunca ficou muito clara qual era da real função no clube.

Alguns torcedores acreditam que, embora Fred tenha sido um jogador excepcional, suas habilidades em campo não se traduzem automaticamente em competência para funções executivas, e talvez estejam certos. A gestão do futebol, especialmente em um clube com a história do Fluminense, exige um conjunto de habilidades que vão além do que é necessário para brilhar nos gramados.

Questões como o planejamento de contratações, a gestão de recursos financeiros e a comunicação com a torcida são áreas onde Fred ainda precisa provar seu valor, seja no Fluminense ou qualquer outro clube em que venha a desempenhar a função de dirigente.
Há também críticas em relação à percepção de que Fred estava sendo protegido por seu status de ídolo, o que, para alguns, impedia uma avaliação mais crítica e imparcial de seu trabalho como dirigente. A famosa blindagem encomendada.

A cobrança por resultados, tanto dentro quanto fora de campo, é intensa, e a torcida tricolor, sempre exigente, quer ver o clube no topo, independentemente de quem esteja no comando. Ou ao menos deveria ser assim.

Apesar das críticas, muitos torcedores ainda acreditavam no potencial de Fred como dirigente, confiando que ele poderia aprender e evoluir no cargo, assim como fez em sua carreira como jogador. Sua paixão pelo Fluminense é inegável, apesar das acusações de ser cruzeirense.

A torcida, porém, esperava que ele consiguisse transferir essa paixão para a gestão, transformando-a em resultados concretos que pudessem levar o clube a novas conquistas. Ele realmente teve alguma influência no time que conquistou a Libertadores?

Em suma, a relação de Fred com a torcida do Fluminense vive um novo capítulo, repleto de desafios e expectativas. Seu legado como jogador é inquestionável, mas como dirigente, Fred ainda precisa provar que pode continuar a ser o ídolo que a torcida tanto admira, agora fora das quatro linhas.

Porém, talvez esse pedido de afastamento de Fred do clube, seja o capítulo final de sua trajetória como dirigente.

A não ser que da próxima vez, aqui, ou em qualquer outro clube, esteja realmente disposto a desempenhar um papel mais preponderante na gestão do futebol, e não ser apenas um nome forte de bastidores.

Esperemos as cenas dos próximos capítulos.