Mano fez, Mano fará? (por T. T. Paixão)

NUNCA FOMOS TÃO TRICOLORES – DOWNLOAD GRATUITO.

A estreia de Mano Menezes no comando do Fluminense pode ser definida como positiva.

O empate contra o Internacional pode não ter sido o esperado por grande parte da torcida, mas se levarmos em conta o péssimo futebol que esse time vinha apresentando foi um resultado que traz certo alívio.

Primeiro, precisamos entender que o Flu não está na lanterna por causa de Mano Menezes. O treinador recebeu essa condição como herança maldita do ex-comandante da equipe.

O time de Diniz em 13 jogos venceu apenas uma vez e já tinha nove derrotas. Uma campanha semelhante à do Guarani, último colocado na Série B.

Mano chegou para resolver um problemão e, sejamos sinceros, talvez não resolva. Ele, porém, efetuou uma mudança que achei muito promissora: a escalação do meio campo com André, Martinelli, Alexsander e Ganso. Esse para mim, é o meio campo ideal.

Na defesa, a escalação foi conservadora. Mano tinha poucas opções para o meio da zaga, com tantas perdas, contusões, saídas e afins. Antônio Carlos e Tiago Lobisomen foram os escolhidos. Lobisomem aliás, que fez uma partida segura dando conta do recado por ele e por Antônio Carlos. Será o provável companheiro de Thiago Silva.

Mas o que não funcionou mesmo, foi o ataque. Keno e Cano foram tão inúteis quanto uma verruga na ponta de um dedo mindinho.
Cansados, lentos, não participativos, simplesmente não deram nenhum trabalho à defesa colorada.

Sobrou para Ganso resolver o problema da falta de bolas na rede. Contrariando a ideia do ex-treinador de que a bola não precisa ir na direção da meta adversária para entrar (manezão), o meia acertou um chute de rara beleza e precisão, empatando a partida e nos salvando da décima derrota na liga.

Bom, faltou falar sobre as entradas de Gabriel Pires, Renato Augusto e Douglas Costa.

Horríveis. Pioraram o time de maneira desanimadora. Podem ter dado a Mano a condição ideal para barrar todos eles nas próximas partidas.

Guga e JK, fizeram pouco, porém, na situação em que entraram dificilmente resolveriam alguma coisa.

A grande reclamação por parte da galera foi justamente o fato de Mano optar por essas barangas em vez de dar chances aos jovens do elenco.

Sobre isso tenho duas respostas.

A primeira é para aqueles que reclamam de maneira honesta e já pediam há tempos a entradas dos meninos: se nem Diniz, que estava há mais de dois anos no comando do Flu, dava chances a Arthur, Felipe Andrade, Isaac, e outros, vocês realmente acharam que Mano no jogo de estreia iria optar por eles?

Respondam com sinceridade.

Ele vai conhecer esse grupo agora. Então, eu sinceramente acredito que deva ser dado um voto de confiança.

A segunda resposta é para as viúvas de Diniz, e que agora cobram a entrada dos jovens: onde estavam vocês, quando Diniz colocava essas barangas em campo com o acréscimo de Felipe Melo e Terans?

Estavam latindo e nos comando de torce-contra. Estavam gritando a plenos pulmões que tínhamos vencido a inaudita Recopa. Portanto, a hesteria dessa galera é tão hipócrita que enoja.

Não contem comigo para ficar de luto por aquele boquirroto. Nem serei advogado de Mano, portanto. O jeito é esperar e torcer.

Oh, Fortaleza, dá uma folga pra nós.

Obrigado.

Boa sorte ao Mano.