Entre o céu e o inferno, o purgatório tem nome: jabaculê (por Wagner Victer)

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Uma das melhores análises que escutei e que sempre repito, veio do escritor de livros sobre Fluminense, Paulo Roberto Andel, que disse que nossa maior derrota não foi ter caído de séries no campeonato brasileiro ou o jogo da final com o LDU no Maracanã, mas sim a total perda de capacidade crítica da maior parte da torcida do Fluminense.

Após vitórias épicas contra o Flamengo na final do campeonato Carioca e contra o River Plate no Maracanã, algumas pessoas, que inclusive admiro e que têm canais tricolores, deliraram ao fazer comparações do surgimento de um novo Casal 20 e que, pasmem, o atual time poderia chegar próximo a eterna Máquina de Francisco Horta! Ou seja, um insulto a nossa história e até ao nosso maior Presidente, que escutou tais comparações calado.

A última cantilena de manipulação é que o Fluminense está tendo problemas pela “falta de elenco”, o que até concordo, porém, ora bolas, que falta de elenco é essa onde, nos últimos quatro anos foram contratados 60 jogadores pela atual direção? Muitos bisonhos, com salários elevadíssimos e em fim de carreira ou bichados, o equivalente ao elenco para formar cinco times e meio! Ou seja, o arrecadado na venda, na bacia das almas, de jogadores de Xerém, como Luis Henrique e Matheus Martins, que seriam fundamentais nessas competições, foi em muitas vezes consumido nessas dezenas de operações diabólicas.

Ao mesmo tempo que se trazem essas barangas e jogadores em fim de carreira e operações jababaculescas para dar vitrine e pagar salários, o Fluminense gera obstáculos ao crescimento da base. Essa sim que poderia ser suporte ao elenco. Só lembrando que os dois da base com maior sucesso no time titular só estão em cima por questões casuais, caso do André, que seria doado para o Botafogo, ou emprestado ao CRB. O outro, Alexsander, que só começou a jogar na lateral esquerda após um conjunto de contusões de jogadores vindos de fora. Ou seja, não vieram de qualquer processo planejado de ascensão, muito pelo contrário.

Não acredito sinceramente que venhamos a ser eliminados da Copa Libertadores, até porque o mero empate no Maracanã resolveria essa questão, porém esse conjunto de situações ajuda a retirar a forma turva que está no olhar e nas mentes de muitos tricolores. Ajuda também a descredibilizar os Passadores de Pano, que são usados ou manipulados e que, a cada dia, simulam uma desculpa em forma de narrativa.

Digo que não sou oposição, muito pelo contrário. Sou sim, a situação que defende um Fluminense forte e gerido com seriedade, competência e transparência. Sou torcedor e sócio do clube e não dá para ficar nessa conversinha de fechar os olhos ou colocar antolhos para uma situação que, se não for corrigida, poderá nos levar ao fundo do poço.

No caminho do céu para o inferno que começamos a viver, a estação central é o cheiro do enxofre que vem do jabaculê!

1 Comments

  1. Como explicar a vinda de Tiago Santos e a venda do Luis Henrique? Jabaculê! Como explicar a não vinda de Vina? Jabaculê. Como explicar a venda de Richardison, João,Pedro, Marcos Paulo e Mateus Martins? Jabaculê. E poderia falar muito mais de vindas e vendas. TODAS JABACULÊS !!!
    OUTRA COISA : DINIZ PRECISA ESCUTAR QUE O CAMPO TEM 15O METROS E CHUTE LONGO FAZ PARTE DO FUTEBOL!

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