Amigos, amigas, o que vi do Cruzeiro foi bastante elucidador no que tange à campanha da Raposa até aqui no Campeonato Brasileiro. As credenciais cruzeirenses eram 9 pontos (75% de aproveitamento) conquistados nas quatro primeiras partidas. Sem ter antes visto mais do que breves momentos das atuações, fiquei muito bem impressionado com o que vi quarta.
Vi um Cruzeiro bem organizado em campo, jogando com volúpia, apetite pela posse de bola e ofensividade, contrastando com alguns adversários que temos enfrentado, cuja proposta é se defender e jogar por uma bola. O que nos proporcionou uma experiência diferente no Mineirão, lotado, com mais de 50 mil cruzeirenses, fora os tricolores presentes. Terminamos o jogo com empate técnico no quesito “posse de bola”, o que já diz muito sobre a partida.
Outro ponto importante é que finalizaram mais e tiveram mais oportunidades de gol do que nós, o que, por si só, já é impressionante. Tirando o jogo contra o Fortaleza, em que fomos dominados, não me lembro de um outro duelo recente em que tal façanha tenha sido presenciada em campo.
Não que o Fluminense não tenha mostrado suas qualidades. Pode-se até dizer que o Flu criou com mais qualidade e teve finalizadores mais letais, enquanto o Cruzeiro foi pouco eficaz nesse quesito e no acabamento das jogadas. Tirando tudo isso, o Fluminense voltou a mostrar uma natural dificuldade ao enfrentar gramados castigados, para dizer o mínimo.
Dessa feita, ainda tivemos que enfrentar uma arbitragem nitidamente tendenciosa. É só compararmos o lance em que Marcelo recebeu o cartão amarelo, ainda no primeiro tempo, com aquele em que Arias sofreu falta violenta por trás, tendo o árbitro feito vista grossa. Nem vou falar do pênalti, porque qualquer tentativa de se defender tal marcação da arbitragem, sem que o VAR houvesse movido uma palha para corrigir o erro, chega a soar ridículo.
Acabamos terminando o jogo com dois homens a menos. André, expulso, e Alexsander, lesionado, quando Diniz não tinha mais direito a nenhuma substituição. Aspecto que torna evidente o heroísmo tricolor. Uma exibição de determinação, raça e comprometimento, sem deixar de lado os grandes lances, que são marca característica do Tricolor.
Parece que vamos ficar um bom tempo sem Alexsander, um desfalque proporcional à grande partida que fazia antes de sofrer a lesão. A torcida, agora, é que Martinelli esteja muito em breve à disposição de Diniz, para que não percamos qualidade no meio, já que a lateral-esquerda fica comprometida quando Marcelo precisar ficar de fora.
Com todos os nossos desfalques, Diniz terá que encontrar uma receita eficaz para vencer o Cuiabá, que é o único resultado aceitável para um momento em que temos o Palmeiras voando baixo e o Botafogo como o adversário subsequente, no primeiro de dois compromissos sequenciais fora de casa. O outro será contra o Corinthians. Sem Keno, Alexsander, Martinelli e Samuel Xavier, o Fluminense seguirá tendo que colocar à prova a qualidade do elenco à disposição do treinador. E contra o Cuiabá ainda teremos a ausência de André, expulso pelo soprador de apito no Mineirão.
Com o que temos para a partida, pensando em colocar em campo o que sobrou de melhor, eu iria para cima do Cuiabá com: Fábio, Guga, Nino, Felipe Melo (Manoel) e Marcelo; Lima, P.H. Ganso e Jhon Arias; JK, Lelê e Cano.
Para concluir, amigas, amigos, um triunfo como o desta quarta é o que forja grandes campeões, que não se curvam aos grandes desafios e obstáculos.
Saudações Tricolores e Todo Poder ao Pó-de-Arroz!
Juiz caseiro, vergonhosamente, mas o time está jogando quando e como quer, construindo e finalizando, dando show a cada jogo. A contusão do Alexsander foi péssimo para nós, porque é um dos nossos maiores trunfos, jogando uma barbaridade. Não seria tão “abusado” como você na escalação contra o Cuiabá, iria com um volantão tipo Thiago Santos ou algum garoto, e o time titular(Lima de segundo volante e Giovani ou Pirani), podendo variar durante o jogo. Vitória!
Abraços.