Félix, por Parreira (da Redação)

No Dia do Goleiro, um depoimento definitivo de um dos maiores vencedores da história do futebol brasileiro sobre outro grande vencedor, ambos profundamente ligados ao Fluminense

Carlos Alberto Parreira, ícone do Fluminense e membro da comissão técnica campeã mundial em 1970, fala sobre Félix, outra legenda tricolor, o camisa 1 absoluto daquela conquista, em depoimento à querida Pati Venerando, filha do super goleiro, que gentilmente nos permitiu essa reprodução.

“Ele foi fantástico!

Só um registro histórico para confirmar as ótimas observações do Waldir Appel quanto as qualidades técnicas do Félix.

Durante a preparação para a Copa de 1970, tínhamos treinando três ótimos goleiros: Ado, Félix e Leão.

O Zagallo estava com um problemaço pra escolher o titular e aproveitou os três meses de treinamentos e jogos amistosos, dando oportunidade para que os três jogassem e, na hora decisiva, escolheu colocar o Félix como titular.

Sem dúvida, além das qualidades técnicas, ele passava segurança, tranquilidade e muita experiência – que acabou sendo decisiva na escolha final.

Além do mais, todos sabemos que goleiro é cargo de confiança do treinador e está claro o porque da escolha de Zagallo pelo Félix.

Estava certíssimo. Leão e Ado eram jovens e excelentes goleiros mas, para Zagallo, naquele momento a experiência (tinha 32 anos no México, se não me engano) foi fundamental.

Patrícia, foi assim que o seu pappy se tornou o titular da seleção tricampeã mundial. Foi meu goleiro no Fluminense e sempre sendo importante nos momentos de decisões.

Um privilégio ter trabalhado com ele.

O “Papel” era um cara de grupo e os jogadores o respeitavam muito.

Grande abraço.

Carlos Alberto Parreira.”

1 Comments

  1. Depoimento emocionante e tão verdadeiro. De um amigo que sabe o que diz, tem total propriedade pra fazer essa avaliação. Nada como receber essa mensagem em um dia especial como esse. ❤️

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