Sinceramente, não há qualquer surpresa na sanha negocial do Fluminense em 2023. O clube não faz dinheiro novo de porte sem rifar jogadores da casa, especialmente os mais jovens, quase sempre abaixo das expectativas financeiras independentemente do potencial individual. Especialmente a partir de 2019, o ritmo de giro de jogadores aumentou. Quem se lembra aí dos reforços para a Libertadores de 2021?
É preciso ser reto e direto: o problema não está se Yago não é craque, se é um jogador apenas regular, ou se a torcida do Bahia cobrou os ex-tricolores (junto do time todo) depois de levar uma goleada. Tudo isso é pequeno diante do que está acontecendo a olhos nus, mas com baixa visibilidade de muita gente.
O problema é rifar jogadores abaixo do preço de mercado para manter ex-jogadores com salários altíssimos no clube, fórmula que certamente agrada agentes e comissionados, mas vai contra o retorno esportivo que se espera do time do Fluminense, e passa por cima de todos os critérios de razoabilidade.
Pelo pífio desempenho ano passado, dentro das CNTP Willian Bigode e Felipe Melo não estariam mais no Fluminense. Além do vínculo a desastres como a eliminação na pré-Libertadores, os dois custam 1,2 milhão mensais só de salários, afora encargos. Enfim, são apenas dois exemplos de ex-jogadores faturando uma Mega Sena às custas da torcida e dos sócios tricolores.
As versões para a negociação de Yago viraram pastelão estilo abertura do programa do Ratinho no SBT. Ah, ele chorou porque foi vaiado pela torcida, está fragilizado emocionalmente. Isso é um desrespeito à inteligência, é tratar os torcedores como patetas, completos imbecis e o pior é ter quem avalize esta sandice. Aliás, desde a inacreditável história do pênalti contra o Botafogo, que a torcida do Fluminense vem sendo tratada pela diretoria como imbecil.
Não, não, na verdade desde a “retomada” para a implementação do voto on line – depois da reeleição do presidente tricolor, é claro.
Não, na verdade desde que Eduardo Uram deu uma gigantesca entrevista a um veículo de comunicação, falando em nome do Fluminense.
Não, não, foi quando um dos patéticos dirigentes disse que a torcida não assinava cheques – que cafonice, senhor!
O problema não estava em Yago e seu futebol. Vai muito além disso. Trata-se da execução de um sistema que simplesmente faz do Fluminense uma agência de aluguel de camisas, pouco importando se os títulos virão ou não. Basta uma boa colocação, dar a desculpa que o Flamengo tem mais dinheiro, viver a casa dez anos de um Carioca e/ou de um torneio efêmero estilo Primeira Liga, enganando otários que vão ao Maracanã por causa de festa e não futebol.
O que passou a importar nos últimos anos foram os recordes pessoais de Fred, excelentes para o ex-jogador e dirigente empresário, mas sem nenhum grande efeito para a recondução do Fluminense ao caminho da grandeza. Ah, sim, Fred fez muitos gols e ajudou na formação de torcida, sem dúvida, mas não se pode tapar o sol com a peneira: das três grandes estiagens esportivas que o Fluminense viveu em sua história, a pior de todas é a que vem desde 2012 – pior sim, pior do que 1925-1935 e 1986-1994, basta pesquisar.
E por falar em Fred, que ninguém entende ao certo o que exatamente faz no Fluminense, imediatamente vem à memória o nome de seu eterno parceiro Francis Melo e, com esse, pensamos também em Eduardo Uram e Giuliano Bertolucci. Os idiotas da objetividade vão afirmar: “Todos os clubes do mundo trabalham com empresários”. É verdade, mas não se pode desprezar o seguinte:
Quem se lembra do zagueiro Rafael Ribeiro? Ou de David Duarte?
Quem entende a permanência de Alexandre Jesus no Fluminense?
Quem se lembra da fidalguia do clube com Hudson, que acabou em (mais um) processo?
Alguém sabe dizer porque o Fluminense cede tantos jogadores ao CRB, ou ao menos sinaliza para negociar?
Não se pode atribuir tais casos exclusivamente à sorte. Live Sorte. Oh, me desculpem…
É por aí.
Muito oportuna ,perfeita essa análise,como que pode a maioria dos torcedores aprova essas barbarias q está acontecendo no Fluminense,o problema para dispensar esses jogadores citados é que ninguém quer, só Bittencourt tem essa política absurda que iludi nossos torcedores, Marcelo vem para criar problemas dentro de campo,vai ter q jogar pelo salário milionário que vai ter,mais vai tirar lugar de Jogadores q pode render mais q ele,lateral ele não aguenta ,e no meio campo vai jogar no lugar de quem? Cado Yago foi um desastre,falta de respeito com atleta, humilhação…..
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Andel, enquanto os jovens sao vendidos por uma mariola, veteranos sao contratados a peso de ouro. Acabo de saber que Marcelo está de volta. Volta após perceber que não tem mercado na Europa. Eu preferia testar M. Pedro, foi bem na base, no profissional não teve chance nem contra os Resendes da vida. Assim será também com TS3, quando ninguém mais quiser, volta se dizendo torcedor do clube. Os maiores clubes querem contratar jovens. O Flu desperdiça os jovens e quer ludibriar o torcedor com veteranos. Quem será o próximo contratado: Tiago Neves ou Rivellino???!!
Andel, devo ser excessão, mas gosto do futebol de Yago Felipe. Força e marcação, mas já vi dar uma assistência pra André marcar um belo gol e decidiu um fla_flu, jogador útil pra se ter no elenco. Eu dispensaria o ruf-ruf, o bigode, o Alexandre, o Alan, não o Yago.