Toda vez que chega um momento desses, eu lembro de trinta anos atrás ou mais. Tempos de UERJ: papel almaço, caneta Bic, calculadora, tensão e luta nas muitas provas que fiz por lá, inclusive as finais. Além de ter sido um dos grandes tempos da minha vida, a querida universidade ficava – aliás, fica – ao lado do Maracanã, de modo que as duas casas estão associadas para sempre em meu coração.
Chegou a prova final do Fluminense, pelo menos até aqui. Segunda melhor equipe do Brasileirão, a oito pontos do líder Palmeiras e com duas vitórias a menos, o Tricolor joga por si mesmo e pela própria emoção do campeonato. Não pode pensar em não vencer: os três pontos o colam na dianteira, faltando 42 em disputa. Qualquer resultado que não seja a vitória não será um desastre, mas poderá deixar marcas significativas para o resto da temporada.
O grande problema: o Palmeiras perde pouco, muito pouco. Não é bicampeão da Libertadores por acaso. Basta dizer que nossa campanha é excelente no Brasileiro e temos seis derrotas, enquanto o Alviverde tem apenas duas.
Outro grande problema, nítido: o Fluminense anda entregando a paçoca além da conta, seja por cansaço, substituições corporativas ou bobeada dos titulares absolutos. Por mais que torçamos, pontos fracos como o esforçado – mas limitadíssimo – Caio Paulista e o ex-goleiro Fábio são nítidos. Sobre Fábio, deixo para depois.
A vantagem: jogando em casa, com o apoio da massa tricolor – só o Felipe Melo é contra a torcida; Manoel parece ter se mancado -, o Fluminense é gigantesco e partirá para cima. O Palmeiras sabe que este é um dos jogos mais difíceis da temporada. Desde que voltou a jogar como time grande, de maneira ofensiva, graças a Diniz, o Fluminense teve muito mais êxitos e os resultados aí estão, tanto no Brasileirão quanto na Copa do Brasil.
Falando ainda sobre quarta passada, apesar dos pesares, apesar de tudo, o Flu merecia mais sorte nas finalizações e acabou sendo golpeado no fim, com mais uma falha de seu excelente ex-goleiro. A vitória certamente nos colocaria em melhores condições para o jogo da volta, mas ainda estamos no páreo. Longe de ser fácil, a classificação para a final também é longe de ser impossível.
Enfim, vamos ao Maracanã. Estou contente de saber que estarei com meus amigos do PANORAMA, meu amigo Vinicius – pai do ano – e as pessoas legais que encontraremos pelo caminho. Mesmo com todos os contras, o Flu tem prós suficientes para sair vencedor logo mais. Será uma pedreira e, por isso mesmo, é tarefa para times grandes como o nosso.
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Na segunda-feira passada, o PANORAMA foi representado numa conversa com o candidato de oposição à presidência do Fluminense, Ademar Arrais, de forma pública, urbana e fraternal, ao lado de diversos veículos da imprensa tricolor.
Imediatamente, o blogueiro número 1 em falta de ética e caráter resolveu dar lições de moral jornalística no Twitter para os presentes à reunião, num verdadeiro show de hipocrisia para quem, há alguns anos, manipulava um grupo de Whatsapp a favor da candidatura do atual presidente tricolor, grupo este criado por mim e para se discutir o Fluminense – não para apoiar candidatos -, e que excluí imediatamente ao constatar seu comportamento e de outras pessoas de sua laia. Mas o mundo dá voltas e foi engraçadíssimo ouvir, nesta semana, de um grande player da política tricolor um comentário a respeito do sujeito, que por sinal o bajula: “Ele se acha o Roberto Marinho…”.
Quando proibido de entrar no Fluminense com seu veiculo de clipping, o bn1 encontrou neste PANORAMA o espaço democrático para sua defesa. O agradecimento veio em forma de assédio aos nossos colunistas regulares, mostrando bem de quem se tratava.
Nós do PANORAMA podemos conversar com quem quisermos. São dez anos de trabalho voluntário desta casa sem conchavos com dirigentes, nem acordos em troca de cargos, nem cafés da manhã a dois com trilha sonora de Roberto Carlos, nem reuniões para sabotagem e destruição de outros veículos que visam enaltecer e defender o Fluminense. Nossas palavras e vozes não são disponíveis para aluguel e venda, fato que nos distingue. Nossa história não foi escrita com manchetagem barata e duvidosa.
Conversaremos com todos os pares da política tricolor, inclusive os da atual gestão, muito criticada de forma merecida por aqui, caso queira. O espaço sempre foi aberto. Só não veio quem não quis, o que é uma pena.
Quanto ao blogueiro, que vá à merda.
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Sobre Fábio, o principal: torço para que logo mais nem precise defender nada e o Fluminense consiga uma grande vitória. E que, se precisar defender, o faça como ainda não fez nestes sete meses de Fluminense, jogando com o nome e efetivado como titular por decreto.
É curioso que as críticas ao ex-goleiro sejam muitas vezes rechaçadas com o argumento pueril de que se trata apenas de reação do fã-clube do ex-titular Marcos Felipe, como se fosse normal trocar o melhor goleiro do Campeonato Brasileiro, com 25 anos e muito a mostrar, por um ex-grande goleiro de 41 anos que, no fim da carreira, penava há duas temporadas na Série B. Afinal, um goleiro não falha somente quando a bola entra e, nas últimas semanas, é difícil ver um jogo no Maracanã sem momentos de tensão nas defesas de Fábio ou em suas saídas com o pé. É bom que se diga que a média de gols sofridos do atual titular é maior do que a de seu antecessor…
O artigo abaixo precisa de atualização. Já aconteceram outros frangos.
AS FALHAS DE FÁBIO: CLIQUE AQUI.
Que o Fluminense esteja imunizado disso tudo logo mais.
Em tempo, mais uma vez: absolutamente nada contra a figura de Fabio, que todos dizem ser muito legal. Minha crítica é exclusivamente ao seu desempenho em campo.