Nesta quarta-feira, com o Maracanã pulsando em três cores (assim acreditamos), o Fluminense reencontrará numa semifinal um adversário contra o qual já duelou anteriormente nesta fase de competição – agora, pela Copa do Brasil. Com o Corinthians, em briga direta pela condição de finalista, já medimos força outras vezes. Perdemos, ganhamos… mas o confronto jamais deixou de ser emocionante.
Logo nos vem à memória o Campeonato Brasileiro de 1976, quando a Máquina Tricolor, debaixo de um dilúvio colossal, sucumbiu nos pênaltis, após empate de 1 a 1, naquela tarde-noite que convencionaram chamar da “invasão corintiana” (designação contestada pelo meu amigo Marcelo Migliaccio e endossada por quem viveu aquela época, como eu vivi, com tenros 12 anos de idade).
Mas também chega à mente com doce nostalgia o duelo semifinal de 1984, no qual devolvemos aquela sofrida derrota com os 2 a 0 no Morumbi, gols de Assis e Tato, numa partida apontada na época pela imprensa (incluída nela o corintiano Juca Kfouri, da saudosa e querida revista Placar) como uma aula de futebol no aspecto tático, ministrada pelo técnico Carlos Alberto Parreira.
Não me esqueço também de, já repórter do Jornal dos Sports, trabalhar num domingo de sol escaldante e Maraca lotado em 2002, quando Romário marcou ao receber um passe de calcanhar de Roni – e o time paulista desperdiçou um pênalti nos acréscimos. Na volta, em Sampa, perdemos por 3 a 2 e fomos eliminados pelo futuro vice-campeão brasileiro, batido na decisão por um show de pedaladas do jovem Robinho.
É galera, Fluminense e Corinthians voltam a fazer história numa semifinal nesta quarta-feira. Que os deuses do futebol estejam ao nosso lado. Que a torcida tricolor cante desde antes até depois que a bola rolar. Que nossa equipe absorva, incorpore essa magia. Só a vitória nos interessa.
Encerro aproveitando para convidar a todos, tricolores ou não, para comparecerem ao Café Lamas, no Bairro do Flamengo, na próxima terça-feira (30 de agosto), no lançamento do livro “Polaroides do Futebol Carioca”, cuja autoria possuo o privilégio de dividir com os brilhantes Paulo-Roberto Andel e Marcelo Migliaccio. Esperamos por vocês lá!