Amigos, amigas, na noite de quarta-feira eu ouvi (e cantei junto) um grito de guerra ausente há muito tempo, até mesmo por razões óbvias. “Dá-lhe dá-lhe Nense, seremos campeões”. Algo que expõe um estado de ânimo plenamente justificado da torcida do Fluminense após exibição de gala no Maracanã.
Percebam que estamos falando do atual campeão brasileiro e da Copa do Brasil: o Atlético-MG. Apesar do placar de 5 a 3, descreveria melhor o que foi o jogo uma vitória de 5 a 1 do Fluminense. O que só não aconteceu porque cometemos dois erros individuais, um deles bizarro, na saída de bola, que culminaram em gols do adversário.
Na quinta-feira, disposto a secar o Palmeiras, e manter nossa distância para a liderança em 4 pontos, colei a cara na telinha, mas logo vi que era um esforço inútil. Assim como o Fluminense massacrara o Galo no Maracanã, o Palmeiras massacrou o Botafogo do Allianz Parque: 4 a 0.
Verdade seja dita, a defesa do Botafogo tem certa semelhança com um queijo suíço, enquanto o setor ofensivo tem dificuldades terríveis de criar oportunidades de gol. Não há, portanto, como comparar o feito tricolor com o palmeirense. Até porque, jogando em casa, diante do mesmo Atlético-MG, o Palmeiras nada mais conseguiu do que um pálido empate de 0 a 0.
Lendo os parágrafos anteriores, e voltando à pergunta do título, é fácil presumir que o Fluminense é o grande candidato ao título brasileiro, mas só se a análise for feita sem qualquer aderência ao contexto. Afinal, o Palmeiras tem um técnico qualificado, que vem trabalhando há mais de dois anos no clube e é o atual bicampeão da Libertadores. O Palmeiras tem um trabalho consolidado, enquanto o Fluminense apenas inicia sua jornada no Dinizball.
O que não resta dúvida, pelo menos para o momento, é que Fluminense e Palmeiras são os times que jogam, nesse momento, o melhor futebol do Brasil. Por que, então, ser o Palmeiras apontado pela mídia especializada como candidatíssimo ao título e o Fluminense não? A explicação está na conhecida obviedade da nossa imprensa esportiva, sem contar com a já manjada má vontade com o Tricolor.
Não obstante, tenho que concordar com eles. Analisando o cenário, vejo, ainda, Palmeiras e Atlético-MG como os únicos candidatos ao título. Correm por fora, cada uma com suas características, cuja distância é quase secular, Corinthians e Fluminense. O Fluminense, porque joga o melhor futebol no momento, ao lado do Palmeiras. O Corinthians, porque apresenta um projeto tático que sustenta bem um bom elenco.
A Corinthians e Fluminense cabe amadurecerem o seu jogo. No caso do Fluminense, temos, ainda, a incômoda questão da janela europeia, que já nos ceifou, antecipadamente, Luiz Henrique, o grande nome da vitória de quarta-feira. É possível que percamos mais um ou dois nomes. O que significa que o nosso momento sugere, pelo menos por enquanto, apenas ser curtido. Nas três últimas partidas em que o Fluminense atuou na grama, fizemos três grandes exibições, contra Oriente Petrolero, Dissidência e Atlético-MG.
Vejo ainda o time evoluindo e já conseguindo proporcionar belas exibições. Não vejo nosso elenco como insuficiente para manter o padrão de exibições ao longo de toda a jornada. Não obstante, precisamos saber como ficará esse elenco após a janela de transferências. E é aí que reside a dúvida, porque se o Fluminense manter o atual nível em jogos na grama, nem o Palmeiras segura.
Saudações Tricolores!