Vi com bastante desconfiança e ceticismo a volta de Fernando Diniz ao Fluminense. Afirmei, na coluna da semana passada, que era uma aposta bastante arriscada da diretoria do Fluminense. Contudo, o que vi nos jogos contra Junior Barranquilla e Palmeiras está fazendo com que eu reveja minhas convicções. Não foram duas exibições de gala, longe disso. Mas o resgate de competitividade foi nítido e me deixou esperançoso numa melhora.

Contra o time colombiano, no Maraca, vi raça, apesar de constatar que a defesa eventualmente ainda falha de maneira infantil. Já no Allianz Parque, observei um time organizado, que mostrou superação após ficar o principal organizador de jogadas antes mesmo dos 20 minutos de jogo. Não vencemos, mas conseguimos um empate, fora de casa, com um adversário fortíssimo – o melhor time do Brasil atualmente.

Aliás, a lesão do Ganso veio em péssima hora. Só temos Nathan – que parece ter recuperado seu melhor futebol justamente com Diniz – para o setor de criação. Mesmo assim, possui estilo diferente. Falta reposição. Nathan terá que se desdobrar e sentirá câimbras todo jogo. Seria ideal, neste momento, que dispuséssemos de Michel Araujo, mas sequer sabemos se voltará. Aliás, a diretoria deve torcer para que os árabes depositem a grana e fiquem com ele.

Esse Fernando Diniz que voltou ao Fluminense parece diferente. Menos teimoso e mais experiente. Dispondo de melhor material humano, tem tomado decisões acertadas. A única coisa que ainda me deixa de cabelo em pé é essa história do goleiro ter que jogar com os pés. Fábio, que é um puta arqueiro, não possui habilidade para tal. E é difícil que, por sua idade, que consiga evoluir neste aspecto a ponto de nos deixar despreocupados.

É galera, vamos esperar que nesta quarta-feira, contra o Vila Nova, no Serra Dourada, e sábado, contra o Atlético-PR, no Raulino, possamos ver um Tricolor que nos dê prazer de assistir. Organizado, com raça a ousadia. Precisamos tanto da grana da Copa do Brasil quanto de nos afastarmos da rabeira da tabela do Brasileirão. Vamos torcer.