Fluminense 2 x 1 Junior Barranquilla (por Edgard FC)

Será que ainda dá?

Maracanã sob chuva, reestreia de Fernando Diniz no comando da equipe, com onze mil torcedores, talvez um bocadinho mais, que enfrentaram as mazelas e foram ao Maior do Mundo (só que não mais).

Sensível à gestão, Diniz não mexeu muito nos nomes que adentraram o campo, reintegrando Cristiano da Moldávia, Samuel Xavier e mantendo o inacreditável Willian nos onze iniciais. O Fluminense parecia reviver o início da temporada, mesmo não tendo os precários três zagueiros.

Ainda no início, Ganso fez de bicicletinha o primeiro gol tricolor, aproveitando cruzamento de escanteio do Yago, de pé trocado. Parecia promissor o início de partida, fazendo este incrédulo torcedor acreditar que fosse possível uma vitória tranquila, com placar expansivo.

Não aconteceu, mas sim um recuo costumeiro a fim de sair na boa. Todo o primeiro tempo foi feito amendoim caramelado, chamado de maneira esnobe de pralinê, sendo mexido e remexido em tacho de água com açúcar.

Na volta para o segundo tempo, embora um pouco mais ligado, o Fluminense continuou a deixar o Junior livre, leve e solto, feito nosso querido Owerlack na Sapucaí com o seu Salgueiro. Bola pra lá, bola pra cá, gol do Barranquilla, de Miguel Borja, aquele mesmo que passou pelo Palmeiras e foi rebaixado com o Grêmio na temporada passada.

Diniz na loucuragem mexeu na equipe, trazendo Nathan e Fred nas vagas dos – como eu posso dizer? – Bem, melhor deixar para lá, Cristiano e Willian, que pouco somaram à equipe.

O jogo virou uma disputa de quem reclamava e brigava mais, auxiliado de dentro do campo, pelo permissivo árbitro, que mais parecia inspetor de colégio caótico do que o especialista que deveria conduzir a partida.

Porém a estrela de Luiz Henrique brilhou. Logo ele que estava apagado e castigado por tudo que acontecera até aqui. Bela pressão sobre uma cobrança de lateral do Junior em seu campo, em que o próprio Luiz Henrique recebeu a sobra, ajeitou de calcanhar para o outro Henrique, o Ganso, esticar para Fred, que serviu ao mesmo Luiz dentro da área, finalizando rasteiro e no cantinho, sem chances para o arqueiro colombiano, dois a um, com direito a abraço no novo treinador.

O próprio Fluminense parecia satisfeito com a vitória dietética, pois Diniz fechou a casinha com Marlon no Luiz Henrique, e logo após, Nonato e Wellington nas vagas de Cano e Ganso. Fim de feira.

Venceu, era o mínimo exigido para uma partida como essa, mas a classificação nesta competição, a Copa Sudamericana, será bem difícil, mas claro que não impossível.

Na sequência teremos Palmeiras pelo Brasileirão, lá na capital paulista e Vila Nova de Goiás, em Goiânia, pela partida de volta da Copa do Brasil. Esses devem ser os focos da equipe, se pretende chegar o mais longe possível e classificar, sem sustos, à Libertadores da América em 2023.

Cedo demais para avaliar o trabalho do novo treinador, mas as escolhas de nomes nesta primeira partida, confesso, me deixaram mais preocupado do que animado.