SEJA LUZ PARA O LUIZ. COLABORE.
Tricolores de sangue grená, o Fluminense vive um momento bastante preocupante. Apesar da vitória marcada pela volta do gol cagado em Cuiabá, é difícil apagar a traulitada em Barranquilla e ignorar que só fizemos um gol nos últimos três jogos – e que foi contra. O barulho da carruagem virando abóbora após o título estadual começa a aumentar.
Se conseguimos recuperar pontos no Brasileiro com essa vitória no apagar das luzes, a derrota em Barranquilla foi uma tragédia, principalmente pelo placar dilatado. Esse resultado obriga o Fluminense a vencer todos os seus demais jogos para não ficar na dependência de outros resultados, o que é péssimo. E, para piorar, Abel começa a dar várias patinadas.
A má escolha de elenco e algumas decisões equivocadas estão pesando. Não se poupou o Ganso contra o Oriente Petrolero, jogo mais fácil; foi poupar contra o Santos, jogo mais difícil. Em Barranquilla, não leu com rapidez o nó tático e demorou uma eternidade para remediá-lo. Não trocou as peças certas, manteve em campo jogadores nulos ou que atrapalhavam o time… enfim, são muitos erros.
E, para coroar, temos a ressurreição de Wellington e Caio Paulista. É complicado querermos todas as taças se nossas opções se limitam normalmente aos refugos e jogadores de empresários amigos do rei pavão. Está faltando a base. O ano é muito longo, vem Copa do Brasil por aí logo na terça e, querendo ou não, eliminar o Vila Nova sempre será obrigação. Mas, para isso, Abel terá que rodar o time e encontrar novas formas de jogar.
Infelizmente, não será com a Baiana ou com o homem de 16 milhões de reais que encontraremos alternativas aos cansados do elenco. Se quiser ser competitivo e evitar mais vexames, Abel será obrigado a olhar para os bons nomes que temos em Xerém. Wallace não deveria ter sido emprestado, mas agora que foi, Alexsander é a bola da vez pra subir. Não esqueçamos Jefté, Marcos Pedro, Johnny, João Neto, Luan Brito, Artur (urgentemente), Gabryel Martins e outros que ainda podem receber mais chances.
É óbvio que nem todos os jogadores da base do Fluminense serão grandes jogadores, e há de se ter cuidado para filtrar as escolhas para o time profissional. Da mesma forma, não me parece sábio tecermos críticas sem direcionamento à não utilização de um ou outro jogador. Há de se ter cuidado, tanto para não queimarmos uma jovem promessa quanto para não hipervalorizarmos Pablos Dyegos da vida. O Fluminense vai precisar de equilíbrio dentro e fora das quatro linhas se quiser ter um ano vitorioso, e nada melhor do que fazermos a nossa parte.
Curtas:
– Eu não torço pelo Miguel, pelo Praxedes ou pelo Spadacio, da mesma forma que não torço pelo Luiz Henrique, Marcos Paulo ou João Pedro: torço pelo Fluminense. Enquanto vestirem nossa camisa e defenderem nossas cores, torcerei por eles. Depois disso, não é problema meu. E nem deveria ser da torcida também.
– Dito isso, é óbvio que precisamos continuar denunciando casos como jogadores da base saírem sem justificativa plausível, principalmente se for de graça, como em alguns dos casos de jogadores citados. Os conselheiros do Fluminense devem pressionar e muito por explicações, e a torcida, através dos sócios, pode dar a resposta nas urnas no fim do ano caso também tenha ojeriza a todas essas questões.
– Palpites para as próximas partidas: Fluminense 3 x 0 Vila Nova; Fluminense 2 x 1 Internacional.
Concordo plenamente que precisamos continuar denunciando os absurdos desta gestão, assim como concordo também, que após sair do Fluminense, cada jogador que se vire.
Não me preocupo nem com o Thiago Silva vou me preocupar com Praxedes? Mas isso não significa que não vou dizer que as vendas são hediondas.