Muito bom ter seguido em frente, caminhando e cantando e seguindo a canção, nessa busca pela Glória Eterna. Vitória bonita, de dois a zero, mas que não traduz a realidade dos noventa minutos de partida. Menos pelo jogo carnavalesco desta terça, mais pelo conjunto da obra, já havíamos vencido o Millonarios, na Colômbia.

A vantagem conquistada no jogo de ida (vitória de dois a um) nos proporcionou especular no jogo de São Januário, manter a escalação que não cria chances de gol e deixar o tempo passar. Passou. Mas irritou o torcedor que, assim como eu, quer ver o Fluminense se impor e jogar futebol.

Abel enviou a campo a escalação do vestiário, com ausência de Fred, que segue lesionado. Felipe Melo de primeiro volante e ensaiando dois meias centrais com Yago e André, o que prejudica muito a qualidade na saída de bola, restando ao Fluminense a condução de bola e ligações diretas, o famoso chutão.

O Tricolor abafou nos doze primeiros minutos de partida e depois permitiu que o Millonarios se acomodasse dentro de campo, conseguindo deixar o Fluminense com muito pouca ou quase nada de opções ofensivas. Mesmo assim, o Millonarios não conseguiu mais do que duas boas finalizações, defendidas facilmente.

No segundo tempo, o time colombiano volta com uma alteração, sai um atacante entra outro, Valencia no Herazo, o que lhe deu um pouco mais de mobilidade, porém continuava a esbarrar na retranca Tricolor. Após tanto abafar, o Fluminense conseguiu articular uma boa trama: Luiz Henrique encontrou Calegari nas costas da defesa e este cruzou para Germán Cano finalizar, mas a bola rebateu na zaga e sobrou para Willian marcar o três a um, no agregado.

O Millonarios tinha de se lançar aloucado para o ataque, e o fez, mas não conseguiu mais do que alguns chutes travados no ferrolho de Abel. Já o Fluminense retirou Cano e encaixou Arias, centralizando Willian. Menos de um minuto depois, em contragolpe, Yago fez assistência nas costas da defesa, para corrida e toque de classe de Jhon Arias, que encontra as redes para o placar de dois a zero, ou quatro a um, somando ida e volta.

Valeu a classificação, com certeza, pois é um alívio e uma certeza de alguma entrada de rendimentos, já que pelo menos garantimos a presença na Copa Sul-Americana. Mas queremos e devemos mais, vencer Olimpia do Paraguay ou Atletico Nacional da Colombia, adversário que conheceremos nesta quinta-feira próxima. Vamos buscar. Mas antes vencer o Resende, no sábado, em Volta Redonda-RJ e garantir o primeiro lugar na primeira fase do Cariocão 2022, e, de quebra, retirar a Taça Guanabara no Balcão da FFERJ para levar às Laranjeiras.