Amigos, amigas, depois de duas partidas pelo Flamengão 2022, parece claro que Abel já definiu quem são dez dos seus onze titulares. Em ambas as partidas, iniciaram a disputa: Marcos Felipe, Nino, Felipe Melo (que vez ou outra se transforma em volante) e David Brás; André, Yago, Samuel Xavier e Cristiano; William e Fred.
A única variação inicial do primeiro para o segundo jogo foi Luís Henrique iniciando no lugar de Nathan. O que nos leva a uma mudança do 3-5-2 inicial para um 3-4-3. Será que esse time sem meio de campo vingará somente até a chegada de Thiago Neves, que seria o 11o titular de Abel?
As amigas e amigos devem ter percebido a ironia. Teríamos um time titular com cinco jogadores acima dos 34 anos. E eu não duvidaria da chegada de Thiago Neves ao elenco, talvez não exatamente para ser titular. Thiago Neves, que diz que está voando depois de uma sequência de temporadas bem ruins. Foi rebaixado com o Cruzeiro, passou pelo Grêmio, que foi rebaixado, e pelo Sport, também rebaixado, ambos no mesmo ano.
Mas não é nada que surpreenda. Já trouxéramos Manoel, que caiu com o Cruzeiro, Davida Brás, que estava sem espaço no Grêmio, William, que já não tinha espaço no Palmeiras, e Felipe Melo, que também já estava em fim de festa no campeão da Libertadores.
Fizemos um jogo contra o Madureira em que começamos com três zagueiros e dois volantes, tentando construir jogadas pelos lados com jogadores que não parecem muito aptos para isso: Cristiano, o homem de R$ 9 milhões que veio da Modávia, e Samuel Xavier. Voltamos com Nathan no lugar de Yago para, em tese, tentar aproximar meio e ataque. Criamos boas oportunidades de gol, fizemos um, meio sem querer de John Árias, que muitos já haviam esquecido, e somamos os primeiros três pontos da temporada.
Para a expectativa criada, não tem como dizer que o início é alvissareiro. E, na minha humilde opinião, o Fluminense não empolga porque parece repetir vícios dos últimos anos. A impressão que se tem é de que Abel foi contratado para que esses vícios não se percam, quais sejam as escolhas erradas.
Temos jogadores que merecem espaço, como Ganso, o próprio Nathan, Martinelli e Gabriel Teixeira, além de JK, que parecem fadados a disputar uma única vaga no time titular. Pelo menos foi isso que eu entendi. E terão que disputar com Luís Henrique, vê se pode!
Montamos um elenco para colocar medo nos adversários e Abel montou um time para nos colocar medo.
Saudações Tricolores!
Sobre a sua ideia de escrever um livro sobre o Fluminense, por que não escreve um sobre o período de sêca, entre 1986 e 1994? Acho que só há livros dos bons períodos. A máquina de 83-85 havia sido desmontada. Acho que só restavam Washington, Romerito e Jandir. Perdemos o tetra por conta de uma dengue no elenco e o nosso Vilela, tão exaltado, foi tapeado pela Assef do Flamengo. Chegamos a eliminar o Vasco em 88, mas sucumbimos perante o Bahia de Bobô, que em 1992 seria contratado.
Att.,
Fernando Ventura Jr.