Os alertas de Regis valem para o Flu (por Paulo-Roberto Andel)

Nesta semana, recebemos aqui no PANORAMA/LARANJAL a presença de Regis Amarante para um excelente bate-papo sobre o Fluminense e o futebol em geral, que pode ser conferido no link abaixo.

BATE-PAPO COM REGIS NO PANORAMA/LARANJAL

Zagueiro clássico de categoria e posicionamento por dois anos e meio, capitão tricolor, campeão do centenário em 2002 com personalidade, Regis está na lista dos melhores defensores do Fluminense no século XXI, ao lado de Thiago Silva – se tivesse tempo e sem doideira, Thiago Gosling também seria. Veio num momento difícil do Tricolor, recuperando-se da Terceira Divisão.

O talento veio de nascença: além da própria categoria, Regis é sobrinho de Luís Eduardo, zagueiraço do Fluminense no começo dos anos 1990. Teve sua melhor fase da carreira jogando nas Laranjeiras, sendo cogitado para a Seleção Brasileira.

Fez belas campanhas pelo Flu nos Brasileiros de 2000 e 2001, formando zagas sólidas com César, um símbolo de garra tricolor, e também com André Luiz.

Atualmente trabalha com futebol nos Estados Unidos, já treinou algumas equipes no Brasil e deixou claro em nossa conversa que, um dia, pretende dirigir o Fluminense.

No bate-papo, destaco dois pontos levantados por Regis e que traduzem tão bem as deficiências que insistem em perturbar o Fluminense 2021, por mais que nossa boa vontade busque por evoluções a cada efêmera boa vitória, caso do Fla x Flu de sábado passado. Disse o jovem treinador que um time grande como o nosso não pode ficar dependente de uma bola somente – e time grande joga para a frente, para se impor e vencer, não para fazer figuração de meio de tabela, daquelas que garantem a figuração na Libertadores também. Tudo isso faz pensar no que nos tornamos atualmente.

Os alertas de Regis são fundamentais não somente para que todos entendam o que precisa mudar no Fluminense, mas principalmente que, mesmo num momento difícil como o pós 1999, jamais abdicamos da disputa de títulos antes. Não ganhamos, mas disputamos para valer. Você não mostra que é grande somente nas voltas olímpicas, mas no desejo em realizá-las. Até por questão de justiça, se a campanha do Brasileiro 2020 tem sido comemorada por alguns como se fosse um título, mostremos nosso apreço por times como o próprio Fluminense de 1988, 1991, 1995, 2000, 2001 e 2002 – todos com campanhas tão ou mais dignas do que a última consolidada, brigando para valer pelas conquistas, em vez de certo correr para não chegar.

Tomara que Regis tenha a oportunidade de dirigir o Fluminense um dia. Compreensão sobre a grandeza do nosso clube não lhe falta. Quem dera ela fosse a prioridade atual.

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As recentes declarações num veículo tricolor, sobre funcionários do clube pedirem para que torcedores populares apagassem suas declarações em redes sociais e microblog são, acima de tudo, sintomas de um mau caratismo que reina nas Laranjeiras, e que é perfeitamente sincronizado com nove anos sem títulos relevantes.

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Fred é o maior ídolo do Fluminense no século XXI, sem sombra de dúvidas. Por isso, merece respeito e está na galeria dos grandes jogadores da história do clube. Ponto.

Por outro lado, ressalte-se que a mesma galeria de próceres é gigantesca, com dezenas de nomes.

A volta do artilheiro ao clube em 2020 até aqui serviu para melhorar em parte a auto-estima tricolor, além de consolidar seus recordes pessoais no Fluminense. Afora isso, sejamos sinceros, não representou nada além disso.

É notório que Fred não tem mais condições de jogar 90 minutos em alta intensidade, o que já não acontecia nem no auge de sua carreira, por questões físicas.

A hora de parar chega para todos. A última vez em campo pelo Flu também foi difícil para Castilho, Romeu, Rodrigues, Rivellino, Assis, Edinho, Carlos Alberto Torres, Félix, Telê e tantos outros heróis tricolores.

Fred daria um grande exemplo ao Fluminense se resolvesse antecipar o encerramento de sua carreira, antes que o tempo lhe cause situações ainda mais constrangedoras no gramado. Suas marcas ficarão para sempre. Acontece que chegou a hora; aliás, já passou dela.

Uma grande festa no Maracanã, agora com a volta da torcida, seria fechar com chave de ouro uma história brilhante.

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29/10, Dia Nacional do Livro.

Aqui se escreve a história do Fluminense.

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Homofobia não é opinião, mas crime.

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1 Comments

  1. Concordo com a avaliaçao sobre Fred. Marcao é retranqueiro. Por isso o Flu joga por uma bola. Roger dizia querer 7 jogadores na recomposição, pois outros times recompunham com 6. Marcão recompõe com 10, fica o J. Kenedy ou Fred perdido lá na frente e só recebem bola quadrada. Todo mundo recuado. Só que o ataque é lá na frente. Viramos Olaria. ST…

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