Flu tem campanha de campeão com Marcão (por Marcelo Savioli)

Fluminense 1 x 1 Atlético MG

Fluminense 2 x 0 Bahia

Chapecoense 1 x 2 Fluminense

Fluminense 2 x 1 São Paulo

Cuiabá 2 x 2 Fluminense

Fluminense 2 x 1 Bragantino

Amigos, amigas, quatro vitórias e dois empates. A campanha do Fluminense com Marcão no Brasileiro é de campeão. Não quer dizer que seremos campeões, até porque a distância que nos separa do Atlético-MG é colossal. São 14 pontos de diferença e eles jogaram uma partida a menos.

Tampouco queremos dizer aqui que a campanha do Fluminense é por acaso, e tem dois aspectos aqui muito interessantes que ajudam a explicar essa guinada tricolor na temporada: Nonato e John Arias. Nonato fortaleceu o modelo de jogo com três volantes, além de ser um jogador que procura bastante o setor ofensivo. Foi responsável pela assistência para o gol de Fred, primeiro diante do Bragantino, se infiltrando por trás do zagueiro como meia ofensivo. John Arias pode não ser titular, mas consegue entrar em campo e manter o nível da equipe, agora reforçada pelo excelente Gabriel Teixeira.

Eu gostaria muito de ver o Fluminense jogando com John Kenedy, mas isso não quer dizer que Fred e Bobadilla venham atuando mal. Ao contrário, Fred fez bom primeiro tempo contra o Bragantino e Arias foi muito bem na segunda etapa, após o gol do Bragantino, participando bem das ações ofensivas, com movimentação e até deslocamentos em velocidade, como foi no lance do terceiro gol, ao meu ver anulado por extrema má vontade do VAR, que ficou quatro minutos tentando encontrar uma posição irregular.

Somos obrigados a levar em consideração que, tirando o Atlético-MG, não enfrentamos adversários qualificados nessa fase recente do campeonato, quando talvez devêssemos considerar o fato de que o Fluminense está num patamar acima dos times comuns desse Brasileirão. Nosso campeonato, pelo menos no momento e de acordo com a tabela, é contra Fortaleza, Bragantino, Corinthians e Internacional. E é só. Talvez possamos incluir o Athletico nesse meio, mas o rubro-negro paranaense terá que sobreviver à disputa das semifinais da Sul-Americana e Copa do Brasil.

Falei de Nonato e John Árias, mas o próprio esquema com três volantes, que usa as melhores peças que temos para o meio de campo, a evolução conceitual do Fluminense já desde o crepúsculo da Era Roger, a impressionante subida de produção de Luís Henrique e o retorno de Caio Paulista ajudam a explicar o crescimento de desempenho do Fluminense dentro de campo.

Ninguém mais pode dizer que dá mal estar ver o Fluminense jogando. Ao contrário, contra o Bragantino já andamos enfileirando chances de gols, mesmo com o time já muito modificado na segunda metade da segunda etapa. Assim como acredito que Calegari retomou sua posição como titular, o que eleva nosso padrão, ao ponto de Danilo Barcelos ter feito sua segunda boa partida consecutivamente.

Eu não quero aqui alardear um otimismo exagerado, mas vejo o Fluminense como no ano passado, o que significa poder sonhar com pelo menos um G-4. Em que pesem os erros cometidos na formação do elenco, podemos dizer tranquilamente que o jogo contra o Bragantino foi um indicador de que esse mesmo elenco oferece peças suficientes para mantermos o nível de exibições.

Ao contrário de Fluminense e Cuiabá, quando Marcão ajudou a entregar uma vitória fácil, não vi substituições inexplicáveis, como as que deram lugar a Lucca e Casares. Razão pela qual reitero minha crença num final de ano muito digno para nossas cores. O problema será 2022, quando certamente sofreremos assédio sobre muitas peças do nosso elenco. Mesmo isso, no entanto, se tratado com a devida técnica e bom senso, pode acabar se transformando em uma oportunidade de reforçar um bom elenco e deixá-lo ainda mais poderoso.

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É incrível como dirigentes do futebol brasileiro se reúnem para decidir uma questão tão simples como a presença de público nos estádios e saem de lá com partidas adiadas, causando enorme confusão na tabela.

Ora, se a liberação é a partir do dia 3 de outubro, que se jogasse mais uma rodada com portões fechados. Já foram 22 rodadas assim, qual o problema de jogar mais uma? Só mais uma, amigas, amigos.

Então nós teremos um domingão sem Fluzão. Melhor para Marcão, que poderá treinar o time por mais tempo e aprimorar nossos fundamentos táticos.

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Eu tenho um certo receio de afirmar o que parece óbvio. Não é de hoje que Luiz Henrique enche os olhos da gente, mas de uns jogos para cá parece que resolveu jogar até o meu discurso no chão e pisar em cima. E olha que eu nunca o critiquei, mas pensava nele jogando até na lateral-esquerda, por causa da sua incapacidade de fazer uma jogada mais incisiva no ataque, exceto aquela daquele gol lindo do André no Fla-Flu.

Eu acho que esse é um caso que temos que bater palmas de pé para o Marcão, porque Marcão pariu um monstro. É inacreditável o que esse moleque está jogando depois que transformou sua técnica desconcertante em engrenagem tática e arte futebolística com objetivos.

Lindo de se ver! Lindo mesmo!

Saudações Tricolores!

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3 Comments

  1. Bom dia, Savioli !

    Parabéns pelos seus comentários, sempre muito lúcidos.

    Na verdade, todos os dias entro no site para ver se tem um novo comentário seu.

    Um abraço !

    1. Profunda e sinceramente agradecido pelo seu comentário.

      Só tem sentido a gente escrever ou falar se tiver alguém que gosta do que a gente escreve e fala.

      Grato!

  2. Só não concordo com o comentário sobre D. Barcelos. Para mim destoou do time. Mas realmente é incrível como um técnico pode corrigir um jogador. Luis Henrique tá jogando muito.

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