Porrada, baixaria, Egídio e o futuro tricolor à frente (por Aloisio Senra)

Tricolores de sangue grená, escrever de cabeça quente é difícil pra cacete. Mas eu não conseguiria mesmo é jogar futebol nesse estado, enraivecido, querendo dar um tabefe em alguém. E, bem, a galera mal vestida, maltrapilha, que usa vermelho e preto, as cores com a combinação visual mais horrível de todas, fez o possível para que o primeiro jogo da decisão dessa patacoada que é o campeonato estadual da FFERJ terminasse num evento do UFC. Não contentes em, dentro das quatro linhas, e com a anuência do soprador de apito, distribuir um festival de pancadaria que, tendo arbitragem mais séria, geraria pelo menos dois expulsos para o time bastardo, os COnVIDados pela diretoria canalha, com anuência da FFERJ vigarista de sempre, que faz tudo no apagar das luzes e só visando beneficiar um dos lados, tentaram arrumar confusão com Dom Fredón e membros da comitiva do Fluminense, uma baixaria desmedida que, por pouco, não chegou às vias de fato. E isso tudo, é claro, porque o time invencível decantado pela mídia não é nem sombra do que vendem. Se não ganham, se não rola o favorecimento esperado, talvez com mais um pênalti inventado entre tantos já conseguidos na história, tem que ter porrada. Pff.

Deixando a sujeira de lado, o que vimos em campo foi levemente diferente do esperado no primeiro tempo, já que Roger resolveu promover Gabriel Teixeira à titularidade que ele já merecia há algum tempo, mas manteve Nenê, que já merece a aposentadoria há algum tempo. E, é claro, também manteve Egídio. E embora eu não quisesse mais ter que citar o nome desse pseudojogador que tem raízes, olha só, podres, alimentadas pelas águas turvas da beira da Lagoa, ele ainda joga no Fluminense, o que é, em si, uma hecatombe. Já entregou um título aos seus mentores e, nesse sábado, tentou dar a sua cota de contribuição para a continuidade da mengalomania. E, se Roger tiver colhões, vai despromovê-lo imediatamente ao sub-23. Não dá mais. Acabou. Que ele se vire pra resolver o problema que ele mesmo criou ao não testar exaustivamente Jefté e Marcos Pedro. Bota Danilo Barcelos, improvisa Julião, testa Luiz Henrique ali, faz qualquer negócio, mas não dá mais para essa besta quadrada continuar trotando pelos gramados com a nossa centenária e tradicional camisa. Vestimenta essa que, de tão pesada, resolveu mais uma vez entortar o varal e reduzir a zero a tal “superioridade” do rival.

Bastou o futuro churrasqueiro da piscina do clube ser substituído para o time dar uma leve melhorada e, pelo menos, passar a disputar a partida, coisa que mal fazia até então. Cazares não é nenhuma sumidade, mas tem noção de posicionamento e não é um sanguessuga enquanto está em campo, dando sua contribuição para compactar minimamente o meio. Roger substituiu corretamente também Gabriel Teixeira e Kayky, que não conseguiam render e já estavam cansados, pelas substituições regulamentares, que são Luiz Henrique e Caio Paulista. Dessa vez, o rapaz dos poucos gols não conseguiu aparecer, exceto em uma cabeçada perigosa. Já o outro entrou bem, disputando com imposição física as jogadas e ganhando bolas mais do que perdendo. Foi importante nesse sentido. Deu também uma assistência de cabeça para o gol de Abel Hernández, que entrou para o Hall da Fama dos carrascos rubro-negros, ao lado de Assis, Fred, Ézio e Rodriguinho, por exemplo. Embora eu tivesse colocado o Bobadilla, Abel aproveitou bem a chance dada e foi decisivo.

Infelizmente, Luiz Henrique perdeu o gol que poderia nos colocar em vantagem e, provavelmente, transformaria o Maracanã em octógono, ao chutar para fora após receber sozinho e avançar em direção ao gol. Poderia também ter servido Abel, que passava ao seu lado. Enfim, não foi possível e, no fim das contas, o empate acabou sendo um bom negócio, principalmente porque: a) ninguém se machucou; b) o time não jogou porra nenhuma no primeiro tempo; c) nossos principais atacantes estavam mal; e d) eles entenderam o tamanho do que estão enfrentando. Esses jogos da Libertadores foram bons principalmente para os mais jovens, que começaram realmente a criar casca. Embora o time às vezes parecesse perdido taticamente, não faltou vontade e raça. As divididas eram duras, mas a equipe não desistia. Não sei, sinceramente, o que vai acontecer no próximo sábado, mas arrisco dizer que, se não tiver sacanagem da arbitragem, como infelizmente se tornou recorrente, o elenco está pronto para ser campeão. Basta o Roger ajudar, né?

Curtas:

– Mais uma vez, tivemos um árbitro fraco apitando um jogo decisivo. Esse camarada foi o mesmo que não viu os pênaltis no jogo de ida da semifinal com a Portuguesa. Dessa vez, deixou a violência correr solta, aplicando cartões muitas vezes sem critério e não tendo peito para expulsar quem deveria. Difícil.

– O jogo desta terça-feira contra o Junior Barranquilla no Maracanã pode – e provavelmente vai – definir os rumos do Fluminense na Libertadores. Um empate basta para a classificação para as oitavas-de-final, mas uma boa vitória pode nos garantir o primeiro lugar do grupo.

– Lamentavelmente, Nino foi convocado para a seleção pré-olímpica e nos desfalcará em alguns jogos do Brasileirão e da Copa do Brasil. Se for às Olimpíadas, pode ser que também fique de fora de alguns jogos das fases de mata-mata da Libertadores. É um problemão que Roger precisa resolver.

– A bruxa está solta pro lado do River Plate. Quinze atletas com COVID. Passo a acreditar que até a vaga deles à próxima fase da Liberta está ameaçada. Olho vivo no jogo deles contra o Santa Fé.

– Manoel será, com a ausência de Nino, cada vez mais necessário. Talvez já seja interessante começar a testá-lo desde já. Caso a classificação venha na terça, sua titularidade no Monumental de Nuñez faria sentido visando essa continuidade.

– Barcelos pode não ser nenhum craque, aliás, é um jogador limitadíssimo, mas não tem histórico de entregadas como o de Egídio. Pode parecer uma loucura o que vou falar, mas para o próximo jogo eu escalaria Julião de um lado e Barcelos do outro de saída. Dois laterais mais defensivos, para encorpar a linha de quatro da defesa e não deixar Luccas Claro ou Nino vendidos. Povoaria o meio de campo com Martinelli, Calegari, Cazares e Luiz Henrique. Quando for necessário, Luiz Henrique pode cair mais pela esquerda e Cazares pela direita, para fazer uma marcação-pressão na saída de bola, auxiliados por Kayky e, eventualmente, Fred. O bom dessa formação é que pode, conforme a necessidade, flutuar do 4-4-2 para o 4-3-3. Samuel Xavier é melhor que Julião, mas não é tão seguro defensivamente, então não sei se a estratégia funcionaria bem com ele, mas pode ser um caso a pensar.

– Os meus palpites para as próximas partidas são: Fluminense 2 x 1 Junior Barranquilla; Flamengo 0 x 1 Fluminense. Seremos campeões!

2 Comments

  1. Nenê é lixo! Desculpa pelo comentário, não estou falando da pessoa, mas do atleta, trata-se de um péssimo ex jogador em atividade. Além disso, seu passado no wasco o leva a tremer diante do framengo.

    1. Rogério, o canto do cisne de Nenê foi no ano passado. Ele precisa reconhecer que não dá mais e se aposentar. Só o vejo rendendo contra times bem mais fracos.

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